Por LEONARDO MELO
Uma jovem de 18 anos, esposa de um detento do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), foi presa pela Polícia Militar do Amapá, nesta quinta-feira (01), acusada de participar de um golpe aplicado pelo site de compras OLX.
De acordo com a polícia, a vítima, que está mudando de Estado, anunciou no site que estava vendendo vários objetos de sua casa, entre eles TVs, cama box, armário e fogão. Um suposto comprador entrou em contato e disse que queria os dois televisores.
Ele mandou pelo WhatsApp um falso comprovante de depósito de R$ 1,3 mil, e vendedora e golpista marcaram um encontro em frente ao CEU das Artes, no bairro Infraero II, na zona norte de Macapá.
Contudo, no local combinado, a vendedora foi abordada por uma mulher que se identificou como “Vanessa”, e que estava ali para receber os televisores. Foi então que a vítima ofereceu os outros objetos da casa por R$ 3 mil.
Um novo negócio foi fechado, e novamente o golpista mandou pelo WhastApp um recibo com o valor. Um caminheiro foi à casa da vítima apanhar todos os objetos. Só na segunda-feira (29), ao verificar sua conta, a vítima percebeu que tudo tinha sido um golpe,
A Força Tática da PM e a Polícia Civil localizaram o endereço da mulher, e encontraram todos os objetos negociados. Kellen Amanda, de 18 anos, foi conduzida para prestar depoimento no Ciosp do Pacoval, e disse que todas as ligações são feitas por seu marido, que cumpre pena no Iapen.
“Eles (golpistas) têm feito muitas vítimas em Macapá e Laranjal do Jari. Eles criam perfis fake no Facebook para enganar as vítimas que passam a acreditar que são pessoas de boa índole. Os criminosos mandam recibos falsos e até extratos bancários para mostrar que têm condições para fazer o negócio”, explicou o delegado Vinícius Nunes.
Muitos golpes são conduzidos por detentos até fora do Estado.
“É muito organizado. Quando a vítima percebe o crime os objetos já foram espalhados. Fica o alerta para que não confiem nos comprovantes de depósito, porque isso não é confirmação, é mera expectativa. E entrevistem melhor as pessoas, não confiem. Se há intermediário na transação é indício forte de fraude”, concluiu.