Por SELES NAFES
Pelo menos duas mil pessoas lotaram uma casa de eventos de Macapá, na tarde deste sábado (17), para o “dia D” da campanha estadual de filiação do PSL no Amapá. Lideranças indígenas, religiosas, empresariais e de partidos como DEM, Patriota e Avante participaram do encontro que tinha um certo clima de festa.
A Bandeira Nacional entrou em ritmo de samba, o mais genuíno dos sons brasileiros. No palco, o evento era comandado pelo presidente do diretório estadual do PSL, o pastor Guaracy Júnior.
Ao lado dele, a presença de uma liderança indígena, usando um cocar, era um gesto no momento em que o presidente Jair Bolsonaro e defensores das terras indígenas travam uma queda de braço ideológica.
“O Amapá tem que ser o Amapá da indústria, que respeita a floresta, mas há limites. Devemos preservar sim. Se engana quem diz que o presidente é contra a preservação, mas temos primeiro que pensar no ser humano”, disparou o presidente do PSL no Amapá.
Com uma base de aproximadamente 4 mil filiados, o PSL tinha como meta chegar a 17 mil, uma alusão ao número da legenda. A data do evento também foi escolhida dentro do mesmo simbolismo.
Ao final do evento, os organizadores anunciaram que o objetivo tinha sido alcançado: 17.453 filiados, uma das maiores bases partidárias do Amapá.
“Ser 17 é ser contra a corrupção, pelo trabalhador. O Brasil precisa ser diferente, sem burocracia. O Brasil precisa resgatar os valores cristãos, da família, e o direito à propriedade. E isso começa com o combate à corrupção”, discursou Guaracy Júnior.
Caravanas do interior do Estado chegaram em pelo menos 10 ônibus. Na plateia, deputados estaduais, federais e vereadores manifestaram mais do que apoio. Pelo menos quatro deputados costuram a entrada no partido nas próximas semanas.
A deputada federal Leda Sadala (Avante), não pretende mudar de partido, mas diz que continuará sendo aliada do projeto que, comentou, pretende fazer o Amapá deixar de ser o campeão do desemprego.
“O Avante está aqui como aliado do governo Bolsonaro. Nós estaremos juntos pelo Amapá e pelo Brasil que queremos”, frisou.