Árvore descoberta entre o Pará e o Amapá tem altura equivalente a prédio de 31 andares

O Angelim Vermelho encontrado chega a 88 metros de altura, o equivalente a um prédio de 31 andares
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Da REDAÇÃO

Um grupo formado por pesquisadores de instituições brasileiras e britânicas confirmou encontrou o que pode ser a árvore mais alta da Amazônia.

Segundo os estudiosos, a espécie Dinizia excelsa, conhecida popularmente como Angelim Vermelho, tem 88 metros de altura, o equivalente a um prédio de 31 andares, e aproximadamente 1 metro e 70 centímetros de diâmetro.

A árvore foi encontrada durante uma expedição em uma área localizada na divisa do Pará com o Amapá. Os pesquisadores descreveram o território como “santuário de árvores gigantes”, dentro da Floresta Estadual do Paru, na divisa entre os dois estados amazônicos.

A descoberta das árvores gigantes na região foi feita por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em Minas Gerais, coordenado pelo professor Eric Bastos Gorgens, em parceria com pesquisadores das universidades britânicas de Cambridge e Swansea.

Angelim Vermelho, tem 88 metros de altura, o equivalente a um prédio de 31 andares, e aproximadamente 1 metro e 70 centímetros de diâmetro. Fotos: Ascom/GEA

Eles realizavam um estudo com sensor remoto aeroembarcado em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na região, quando se depararam com dados que chamaram a atenção. Eram árvores com alturas superiores às comuns encontradas na Floresta Amazônica. O grupo decidiu, então, organizar a expedição para identificar as árvores.

De acordo com Eric Bastos, a espécie do angelim é comum na região, mas, causou espanto a altura alcançada.

“Geralmente, as árvores chegam a 60 metros. Temos aqui uma grande descoberta e, agora, um compromisso de preservar as maiores arvores da Amazônia”, falou.

Pesquisadores do Amapá foram convidados para compor a equipe e colaborar na coleta de dados da descoberta. Participaram os pesquisadores Perseu Aparício e Robson Lima, do curso de engenharia florestal, da Universidade do Estado do Amapá (Ueap); Wegliane Campelo, do curso de ciências biológicas, da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e; Diego Silva, do curso técnico em floresta, do Instituto Federal do Amapá (Ifap).

A expedição

Iniciada em 13 de agosto, a expedição partiu de Laranjal do Jari, no sul do Amapá, e percorreu 220 quilômetros no Rio Jari. Após a chegada da equipe, que teve a colaboração de moradores da comunidade de Iratapuru para chegar ao local, os trabalhos de entrada na floresta fechada e densa iniciaram.

Expedição partiu do município de Laranjal do Jarí, no sul do Estado do Amapá

O primeiro grupo de árvores foi localizado a cerca de 1 quilômetro da margem esquerda do Rio Jari. Foram constatadas a existência de 15 árvores no primeiro aglomerado. Além desses, outros grupos já haviam sido diagnosticados por um sistema remoto, entretanto, o relevo impossibilitou a chegada da equipe ao local. A maior árvore, que está a 10 quilômetros floresta a dentro, continua intocável.

Também participaram pesquisadores da Embrapa Acre, Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e das universidades britânicas de Cambridge e Oxford. Para auxiliar, no caso da necessidade de primeiros socorros, uma equipe do Corpo de Bombeiros do Amapá, comandada pelo capitão Arel Gomes, também compôs a expedição. Nenhuma ocorrência grave ocorreu durante o percurso.

As secretarias de Meio Ambiente (Sema), Ciência e Tecnologia (Setec) e a Diagro colaboraram na logística da viagem.

Seles Nafes
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