Por SELES NAFES
A casa do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, Moisés Souza, poderá ter, a partir de agora, um telefone celular, o que estava proibido. O pedido foi feito pela própria central de monitoramento do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), e foi atendido pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado (Tjap), desembargador João Guilherme Lages.
A central de monitoramento alega que é preciso entrar em contato rapidamente com o ex-deputado em diversas situações, como agendamentos médicos, jurídicos e psicológicos; correção de anormalidades no equipamento (tornozeleira) e agendamento de visita técnica de operadores da central.
Em abril deste ano, Moisés Souza voltou para a prisão domiciliar depois que o Tribunal de Justiça entendeu que ele sofre de doenças graves que não podem ser tratadas dentro da penitenciária. Em 2016, ele tinha perdido esse direito depois de se envolver num acidente de trânsito enquanto deveria estar em casa cumprindo a pena de 13,4 anos por peculato e fraude em licitação.
Perícia
O presidente do Tribunal de Justiça negou o pedido de pagamento de honorários particulares a um cardiologista que faria uma nova perícia nas condições clínicas de Moisés Souza.
A defesa havia solicitado que o tribunal pagasse R$ 3 mil a um cardiologista apontado pela família, mas o desembargador rejeitou a solicitação, alegando que o tribunal dispõe de profissionais cadastrados para essa tarefa.