Macapá: Policiais apreendem documentos da merenda escolar; procuradoria “estranha” busca

Cumprimento de mandado foi realizado na manhã desta quinta-feira (5) no prédio da Secretaria Municipal de Educação de Macapá.
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Por RODRIGO ÍNDIO

Policiais civis do Amapá cumpriram um mandado de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (5), na Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Representantes do município disseram ter estranhado o tamanho da mobilização policial para busca de documentos antigos. 

A polícia ainda não se pronunciou oficialmente sobre a ação, mas o alvo são documentos de compras de merenda escolar para a rede municipal, entre os anos de 2014 e 2015. 

Às 8h, 24 agentes das Delegacias Especializadas em Crimes Contra a Fazenda Pública (Defaz) e de Investigação de Atos Infracionais (Deiais) passaram a ocupar as dependências da Semed e da Central de Compras e Licitações do Município (CCL).

O objetivo do mandado, expedido pela 4ª Vara Cível de Macapá, era encontrar arquivos físicos e digitais em processos de compra e computadores, mas apenas um envelope com documentos foi levado pelos policiais.

Policiais dentro da Secretaria de Educação de Macapá. Fotos: Rodrigo Índio

Colaboração

A procuradoria do município informou que todos os ofícios enviados pela delegacia foram respondidos, e que não havia necessidade de uma operação desse tamanho para ter acesso a poucos documentos.

“Os ofícios (da polícia) teriam sido encaminhados, mas não teriam sido respondidos. Mas até onde nos consta, respondemos a esses ofícios de forma parcial porque são documentos antigos que ficam guardados em arquivos próprios”, comentou a procuradora Taísa Mendonça.

Segundo ela, os policiais só foram à Central de Compras e Licitação (CCL) porque esperavam encontrar os documentos lá, mas a CCL só foi criada em 2017. A procuradora afirma que em nenhum momento o município deixou de colaborar com informações.

“É uma postura do município de Macapá, toda as vezes temos o hábito de entregar os documentos. Pode ser que nesse caso possa ter ocorrido a necessidade de dar mais informações complementares, mas a gente nunca se opõe. Entendemos que não havia necessidade todo esse barulho, e de terem colocado como uma mega operação, quando foi uma busca específica”, acrescentou.

Seles Nafes
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