Não é só o fogo que destrói a Amazônia, dizem atingidos por barragens

Em manifestação, moradores ribeirinhos e lideranças indígenas pediram mais respeito pelo rio Araguari
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Por SELES NAFES

Moradores ribeirinhos e lideranças indígenas participaram do único ato realizado no Amapá em comemoração ao Dia da Amazônia. Foi ontem (5), no município de Ferreira Gomes, a 135 km de Macapá, e puxado pelo Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).

“Estava passando despercebida a nossa luta. Não é só o fogo que destrói a Amazônia. Estão aí o agronegócio, hidrelétricas e a mineração”, comentou o presidente da MAB, Moroni Guimarães.

Há cerca de cinco anos, aproximadamente 1,5 mil famílias de comunidades de Ferreira Gomes afirmam ser afetadas por episódios de mortandade de peixes no rio Araguari, provocados pela atuação de hidrelétricas. As famílias tentam ser ressarcidas pelos empreendimentos.

Ribeirinhos em frente ao Rio Araguari. Fotos: MAB/Divulgação

Ato terminou na principal praça da cidade, no Bairro da Montanha

Numa das comunidades afetadas, a Sapo Seco, até a cachoeira desapareceu.

“O lago artificial da (hidrelétrica) Cachoeira Caldeirão passou 25 km para a frente, e deixou a Cachoeira da Sapo Seco submersa. Acabou. Agora até ironizam chamando de Sapo Molhado”, explicou.

Durante o ato, os moradores caminharam pela orla da cidade, terminaram na principal praça de Ferreira Gomes, no bairro da Montanha.

Este ano, duas ocorrências de mortandade de peixes foram registradas em Ferreira Gomes.

Estudantes também participaram do ato

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