No Amapá, jovens ambientalistas lançam camisas em defesa da Amazônia

Comercialização ajudará a pagar inscrição do grupo em congresso sobre áreas protegidas, no Peru
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

A Organização Não Governamental (ONG) “Instituto Mapinguari Proteção, Pesquisa e Educação Ambiental”, lançou uma linha de camisas com temas amazônicos. O objetivo é custear suas atividades e auxiliar na participação de seus membros em um congresso ambiental.

A ONG amapaense foi fundada em 2015, por amigos que se conheceram no curso de biologia da Universidade Federal do Amapá (Unifap), e atua sobre três eixos: fortalecimento de unidades de conservação; fortalecimento de cadeias sócio-produtivas, por exemplo a cadeia do açaí e do mel; e proteção da fauna silvestre.

Fauna, flora e lendas amazônicas estampam as camisetas elaboradas pelo grupo. Foto: divulgação

Batizar a organização com o nome de “Mapinguari” foi uma homenagem e ao mesmo tempo uma iniciativa de valorização da cultura local, onde o Mapinguari seria um grande animal peludo, com apenas um olho na cabeça, boca na barriga e cheiro forte por se alimentar de carne. Não é incomum que populações ribeirinhas e dos interiores do Amapá relatem avistamentos do ser mítico, ou mesmo do seu grito característico.

A linha de camisas lançada é chamada de “Eu uso Amazônia” e são produtos que valorizam a biodiversidade e a cultura local. Dos quatro primeiros modelos, três são assinados pelo designer e tatuador Mateus Henrique e um pelo coletivo de artistas “Sereia Abacaxi”.

Tracajá, Pirarucú, Guariba e o próprio Mapinguari, são os temas escolhidos para essa primeira edição. Lançados em meados de agosto, as camisas caíram no gosto popular, pela arte bem feita e por representarem apoio na valorização e defesa da Amazônia.

Yuri Silva, integrante do grupo

Congresso ambiental no Peru

Entre os dias 14 e 17 de outubro, em Lima no Peru, será realizado o III Congresso de Áreas Protegidas da América Latina e Caribe, com o tema “Soluções para o bem estar e para o desenvolvimento sustentável”. A venda das camisas do Mapinguari ajudará a pagar a participação neste evento, que tem a inscrição individual na faixa de R$600.

“Esse congresso acontece há cada quatro anos. No cenário em que a gente está hoje, é um evento absolutamente estratégico. Principalmente, porque a Amazônia é a principal pauta do mundo inteiro nesse momento. De lá, a gente vai tirar encaminhamentos para os próximos 10 anos”, declarou Adriane Formigosa, de 24 anos, que faz parte da diretoria do Mapinguari.

Adriane Formigosa: Amazônia é assunto no muno inteiro. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

As camisas são comercializadas através de contatos feitos pela internet, na rede social Instagram (@imapinguari). Cada camisa custa R$ 45 e são aceitos dinheiro, cartões de crédito, débito e transferências bancárias.

Seles Nafes
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