Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Nesta quinta-feira (19), servidores técnicos das redes de atenção básica e da vigilância em saúde de várias prefeituras e do Estado do Amapá iniciaram treinamento e capacitação na identificação e primeiros cuidados com o sarampo.
As oficinas durarão dois dias e estão ocorrendo no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), no centro de Macapá, e estão sendo promovidas pela Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado (SVS).
O objetivo é manter o Amapá livre de ocorrências e de surto de sarampo, que há duas décadas não tem nenhum caso confirmado.
“Estamos fazendo uma oficina para os servidores da saúde, da vigilância, imunização e atenção básica dos municípios do estado e o objetivo é preparar os profissionais da rede de vigilância, da atenção básica para saber como lidar diante de casos suspeitos de sarampo quando atenderem em seus municípios, esse é nosso objetivo maior”, declarou João Farias, responsável na SVS pela vigilância epidemiológica de doenças de transmissão respiratória, como o Sarampo.
População deve ficar atenta
O sarampo tem sintomas que podem muito facilmente ser confundidos com sintomas de outras doenças e é considerado altamente contagioso, pois pode ser transmitido por tosse, espirros ou até mesmo pela fala.
Tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e irritação na pele com manchas vermelhas são os principais sintomas do sarampo. Como pode ser confundido até com uma gripe, a recomendação é sempre buscar auxílio médico.
Em julho, o atual surto de sarampo no Brasil estava confirmado em 11 estados, e agora neste mês de setembro já são 16 os estados que têm ocorrência da doença. A situação já gerou, inclusive, uma campanha de intensificação de vacinação em todas as crianças até 01 ano de idade em todo o Brasil.
“Os últimos casos que confirmamos no Amapá foram em 1999 e não queremos integrar o atual quadro de estados com sarampo. Cerca de 97% dos casos estão localizados no Estado de São Paulo, o sudeste é o principal atingido. Os outros 3% estão divididos entre os outros 15 estados. A nossa vigilância, esse tipo de oficinas e treinamentos são o melhor caminho para continuarmos livre de sarampo e para que estejamos preparados caso ele ocorra”, finalizou João Farias.