Depois de diagnóstico errado, ex-servente com elefantíase diz estar cansada

Jucineia Sena da Silva fará bazar solidário no sábado (5). Ela precisa juntar cerca de R$ 6 mil para tratamento da doença fora do Amapá
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

No próximo sábado (5), a ex-servente Jucineia Sena da Silva realizará um bazar para angariar fundos e assim continuar o seu tratamento contra a linfedema crônica, conhecida popularmente como “elefantíase”.

Aos 41 anos de idade e mãe de quatro filhos, Jucineia tem a doença desde 2005, mas seu diagnóstico correto só ocorreu em 2015, depois de ser informada, equivocadamente, que se tratava de uma trombose.

Foi através do contato com um médico paulista que Jucineia voltou a ter esperanças de um tratamento para a sua doença. Por fim, em 2017, contando com a solidariedade de várias pessoas, ela conseguiu viajar e se tratar em uma clínica de São José do Rio Preto, no estado de São Paulo.

Jucineia Sena da Silva, ex-servente busca tratamento para a doença. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

A clínica particular é referência nacional para tratamentos de elefantíase e após várias sessões de drenagem do líquido que se acumula na sua perna esquerda e com a medicação correta, Jucineia melhorou muito sua qualidade de vida.

“Passei anos em cima da cama, sem poder fazer nada. Hoje eu ando, consigo ir ao banheiro sozinha, fazer as coisas normais do dia-a-dia. Minha vida melhorou muito depois do tratamento”, diz a mulher.

Última vez

Essa não é a primeira iniciativa da família para conseguir recursos. Ao contrário, ao longo dos anos várias rifas, bingos e coletas foram feitas. Mas Jucineia confessa que seu ânimo está chegando perto do fim.

Ela vê pouca chance de conseguir os aproximadamente R$ 6 mil que acha ser suficiente para a viagem e tampouco conseguiu encaminhamento para tratamento pelo Sistema Único de Saúde (Sus), mesmo que tenha vários laudos médicos que indicam a necessidade desse tratamento específico.

“Não que eu esteja desvanecendo a minha fé, sabe? Mas é que é muito frustrante e cansativo e acho difícil chegar no valor pra viajar. Queria pelo menos manter os remédios, o soro, os materiais para fazer os curativos para não piorar, a limpeza e principalmente a bota que custa uns R$ 400”, contou a ex-servente.

Jucineia explica que laudos indicam o tratamento específico

A família mora em uma casa emprestada no bairro Brasil Novo, zona norte de Macapá. Os filhos estão desempregados e o sustento da casa depende do benefício que Jucineia recebe por invalidez.

Bazar

O bazar solidário vai ser realizado na Avenida Laranjeira, 419, próximo à Escola Estadual Maria Mãe de Deus, das 08 às 17 horas.

Os produtos que serão vendidos foram doados através dos pedidos que Jucineia e a família fizeram pelas redes sociais. Há camisas, calças, bermudas e objetos como chapinhas de cabelo, que custarão R$ 15.

Ex-servente mora com a família em casa cedida

Quem quiser ajudar a família pode entrar em contato através do telefone (96) 99173-5986 (WhatsApp), ir comprar itens no bazar ou com doações direto nas contas:

Banco Santander
Agência 3191
Conta 02003544-6
Mikaely Brenda da Silva Gomes

Caixa Econômica
Agência 4708
Operação 013
Conta 00006058-7
Francisco do Carmo Gomes Filho

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