Eleição do PT tem prisão equivocada e reeleição de Nogueira

Nogueira argumentou com policiais, mas acabou sendo conduzido acusado de descumprir condições da prisão em regime semiaberto
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Por SELES NAFES

Numa votação com direito à prisão durante os trabalhos, o PT do Amapá reconduziu para mais dois anos de mandato o atual presidente da legenda, Antônio Nogueira. Horas antes da apuração dos votos, ele foi levado para a delegacia de polícia acusado de descumprir as restrições da prisão em regime aberto/domiciliar.

Nogueira cumpre pena por condenação no esquema de emissão fraudulenta de carteiras de habilitação durante a eleição de 2002, crime que ele nega envolvimento até hoje.

A prisão aconteceu por volta das 17h, depois que a Polícia Militar foi acionada para ir até a reunião do diretório que acontecia em Macapá. A suspeita era de que Nogueira estaria descumprindo ordem judicial.

Nogueira foi levado para fora do prédio, tentou argumentar, mas acabou sendo conduzido para o Ciosp do Pacoval, de onde foi libertado pouco tempo depois.

“Uma denúncia anônima dizia que ele não tinha autorização da justiça para estar na reunião do diretório em dia de sábado”, explicou ao Portal SelesNafes.Com um oficial da Polícia Civil que estava na delegacia.

O advogado Marcos Roberto Marques, vice-presidente do partido, foi até a delegacia e esclareceu que Nogueira tem permissão para atuar pelo partido aos sábados.

“A Polícia Militar apresentou um documento antigo, de quando ele não tinha autorização para trabalhar aos sábados até as 22h45min”, esclareceu o advogado.

Antônio Nogueira tenta se explicar a policiais, mas acabou indo parar na delegacia. Foto: Reprodução

Nogueira foi solto, contudo, não retornou para a eleição. Ele decidiu ir para casa alegando que não estava se sentindo bem. Mais tarde, ele divulgou uma nota relatando o que ocorreu e afirmando que já estava tudo bem.

Resultado

O processo eleitoral tinha o objetivo de eleger o diretório e o presidente do PT. Os 180 delegados reelegeram Antônio Nogueira por 101 votos. Dos 40 cargos da direção, o grupo dele passa a ocupar 26 cadeiras.

O grupo da ex-deputada federal Dalva Figueiredo elegeu 7 membros, o grupo da ex-vice governadora Dora Nascimento e do ex-deputado estadual Joel Banha elegeu 6. O grupo independente de Eneida, outra liderança, elegeu apenas 1 representante.

Das 12 cadeiras da Executiva do PT, o grupo de Nogueira e Marcos Roberto ocupa 8. Dois com Dalva e dois com Dora/Joel.

O diretório ainda vai se reunir em data não marcada para eleger o vice-presidente, cargo atualmente ocupado por Marcos Roberto Marques. Como o grupo dele e Nogueira tem a maioria esmagadora na direção, a tendência é de que o advogado continue sendo o número 2 do partido.

Seles Nafes
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