Por SELES NAFES
A greve dos professores de Santana, cidade a 17 km de Macapá, gerou uma grande confusão política que foi parar na justiça e também na Câmara de Vereadores. Ontem à noite (3), os parlamentares decidiram não iniciar um processo de impeachment contra o prefeito Ofirney Sadala (PHS).
O pedido, que acabou arquivado, tinha sido formulado por um dirigente do Sindicato dos Servidores em Educação do Estado do Amapá (Sinsepeap).
No mês passado, respaldado em uma liminar que considerou a greve ilegal, o prefeito descontou dos salários dos professores os dias parados. No entanto, dias depois, ele acabou cedendo a pressões e mandou pagar o que havia faltado nos vencimentos dos servidores.
Essas duas decisões, segundo o comando da greve, não obedeceram a processos administrativos e teriam gerado ilegalidades.
Ontem, dos 15 vereadores, 10 decidiram seguir um parecer da procuradoria da Casa que avaliou como legal os descontos nos salários.
A greve acabou, mas durou cerca de 40 dias. Os professores reivindicavam o pagamento dos salários sempre no dia 30 de cada mês, além de reposições salariais. A prefeitura alegou perda de receita com a paralisação do setor mineral.