Estimativa do Instituto Nacional do Câncer é que o AP tenha cerca de 60 novos casos de câncer de mama confirmados em 2019
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Por RODRIGO ÍNDIO
Considerado o tipo de câncer com maior incidência entre as mulheres no Brasil e no mundo, o câncer de mama ainda é cercado de dúvidas. Você sabia que o consumo frequente de bebida alcoólica pode levar ao câncer de mama? Pois é, a boa notícia é que com acompanhamento médico frequente e o avanço da medicina, as chances de cura chegam a 95%.
Campanhas mundiais como o Outubro Rosa são movimentos necessários para alertar as mulheres quanto aos riscos e a importância de exames de mamografia para detectar o câncer em uma fase precoce.
Outra boa notícia é que a doença pode ser prevenida. O médico mastologista Emílio Pacheco esclareceu algumas questões sobre a doença. Confira:
O que é o câncer de mama?
É uma desordem que se origina nas células das mamas. É o tumor maligno mais frequente nas mulheres, e no Brasil ele só perde para os tumores de pele não melanoma.
Quais o índices de novos casos no Brasil, na região norte e no Amapá?
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) fez uma estimativa para o ano de 2019 onde são esperados aproximadamente 59,7 mil novos casos de câncer de mama. É importante ressaltar também que o câncer de mama corresponde a mais de 29% dos casos novos de tumores malignos no Brasil.
O Inca faz uma estimativa para a região norte de aproximadamente 1,7 mil novos casos de câncer de mama em 2019. No Amapá existe uma expectativa para 60 casos a cada grupo de 100 mil habitantes. Destes, 50 casos são esperados só em Macapá.
Médico falou sobre prevenção e cura para a doença
Na região norte é o câncer que mais atinge as mulheres?
Não. Na região norte o câncer de mama perde apenas o câncer de colo uterino em incidência. Vale lembrar que o diagnóstico precoce aumenta a chance de cura e sobrevida no câncer de mama.
Quais os principais fatores de risco para o câncer?
• Não podemos deixar de falar da idade. Pacientes com a idade acima de 50 anos apresentam um risco mais elevado para o câncer de mama;
• A menarca precoce [primeira menstruação antes dos 12 anos de idade];
• Menopausa tardia [ausência de menstruação após 55 anos de idade];
• A primeira gravidez após 30 anos de idade e até mesmo nuliparidade pelas mudanças da vida moderna, a mulher moderna às vezes faz a opção de engravidar mais tarde ou até mesmo nem ter filhos e isso aumenta o risco para o câncer de mama;
• Consumo frequente e contínuo de bebida alcoólica;
• Sobrepeso, obesidade no período pós menopausal;
• Radiação ionizante [paciente que recebe tratamento com radioterapia no tórax em idade antes de 30 anos para tratar linfoma, por exemplo];
• Mutações genéticas, sendo as mais conhecidas mutações nos genes a BRCA 1 e BRCA 2;
• História familiar de câncer de mama e o ovário em parentes de 1° grau.
Esses são os principais fatores de risco.
Mastologista explicou importância do autoexame
Para prevenir o desenvolvimento e detectar precocemente essa doença, o autoexame das mamas é o primeiro passo. Cerca de 80% dos tumores de mama são descobertos pelas próprias mulheres. A Sociedade Brasileira de Mastologia preconiza que a mamografia deve ser feita anualmente para mulheres acima de 40 anos como forma de prevenir a doença.
O ideal é que cada uma conheça detalhadamente as suas mamas, o que facilita a percepção de qualquer alteração. A mulher deve procurar um médico mastologista para saber como proceder e evitar o pior.
