Facção recruta trabalhador para o tráfico; 2 kg são apreendidos

Alonso Abdon, de 41 anos, foi preso na rua Jovino Dinoá com a avenida Marcílio Dias, nas imediações do bairro Jesus de Nazaré, na zona norte de Macapá.
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Por OLHO DE BOTO

Investigadores da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) conseguiram prender um homem que transportava em uma moto 2 kg de drogas da zona sul para a zona leste de Macapá. A prisão ocorreu na tarde de terça-feira (22), após uma denúncia anônima.

A informação fornecia o horário, a placa da moto e que o suspeito buscaria uma droga na zona sul da cidade. A polícia conseguiu localizar Alonso Abdon da Silva, de 41 anos, na rua Jovino Dinoá com a avenida Marcílio Dias, nas imediações do bairro Jesus de Nazaré, na zona norte de Macapá.

Segundo o apurado pelos investigadores da DTE, as coordenadas sobre a localização e o transporte da droga vieram de dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), onde Abdon teria um parente preso.

Na sacola transportada por Abdon estavam 2 kg de skank e crack. Fotos: Olho de Boto/SN

Mesmo com líderes encarcerados, uma facção criminosa continua movimentando o tráfico de drogas na capital.

“Quando o localizamos, ele estava com uma sacola pendurada no guidão da motocicleta. Então decidimos de imediato abordá-lo. Ele já estava com os 2 kg de entorpecentes, crack e skank. Não sabemos ainda onde ele pegou a encomenda, mas estava retornando para a zona leste, onde a droga seria comercializada na região dos bairros Cidade Nova e Perpétuo Socorro”, explicou um dos investigadores responsáveis pelo flagrante.

Recrutamento

Alonso não tem ficha criminal. Ele trabalha em uma pequena fábrica de velas de cera. A polícia desconfia que, como outras pessoas já presas na mesma situação, ele foi cooptado por uma organização criminosa que atua no Amapá para fazer o transporte da droga.

Arrependido: Alonso Abdon trabalhava numa fábrica de velas de cera e ganhava pouco. Decidiu transportar drogas e foi preso

Segundo a polícia, os membros da facção escolhem pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social para recrutá-las ao crime. O investigador explicou como essas pessoas são selecionadas pelas facções.

“Geralmente, eles [os criminosos] escolhem pessoas que estão desempregadas, que vivem de bicos ou que têm baixíssima renda. Eles se aproveitam da situação de pobreza dessas pessoas, que são até pessoas honestas, para arregimentá-las, para armazenar drogas em suas casas ou para fazer entregas, translado de drogas. A gente aconselha que não caiam nessa conversa, porque a investigação está em cima, a população denuncia, e se nós pegarmos: é flagrante”, alertou o policial.

Disk denúncia

O contato pelo qual Alonso foi denunciado e que outras denúncias podem ser passadas à polícia é o 9 8141 4161.

Seles Nafes
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