Garoto de 14 anos, que seria membro de facção, morre em confronto com a PM

O confronto aconteceu na Rua General Osório, nesta quarta (30), dentro de uma casa localizada no bairro Jesus de Nazaré, região central de Macapá.
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Por OLHO DE BOTO

O foragido do Centro Sócio Educativo de Internação (Cesein), Bruno Camões Barreto, de 14 anos, morreu no fim da tarde desta quarta-feira (30) numa troca de tiros com militares do 6º Batalhão de Macapá.

O confronto aconteceu na Rua General Osório, por volta de 18h, dentro de uma casa localizada em uma região conhecida como “Pedra” – uma referência ao comércio ilegal de drogas –, no bairro Jesus de Nazaré.

Arma e drogas apreendidas com Gasparzinho, segundo a polícia. Fotos: Olho de Boto/SN

Segundo a polícia, Bruno Camões era membro de uma facção, onde era conhecido como Gasparzinho ou, ainda, Bruninho. Com ele, a polícia encontrou porções de drogas e um revólver de calibre 38.

De acordo com o capitão César Vieira, apesar da pouca idade, Gasparzinho colecionava passagens pela polícia. Teve envolvimento em delitos como furtos, roubos, tráfico de drogas e homicídios. A maioria das ações criminosas foi praticada com violência e uso de arma de fogo.

Gasparzinho (d) ao lado de um comparsa (também já morto em confronto) em uma das dezenas de vezes que foi detido pela polícia. Foto: Arquivo/SN

“Chegamos até aqui depois de uma denúncia anônima. O Gasparzinho era conhecido por sua extrema violência nos crimes que cometeu e pelas várias fugas do Cesein. Era uma pessoa muito violenta”, reforçou o capitão César.

Facção contrariada

Gasparzinho era visitante assíduo da Delegacia Especializada em Investigação de Atos infracionais (Deiai), sempre depois de ser detido pelas polícias Civil ou Militar.

Segundo facção, Gasparzinho atraía a polícia para a “”quebrada”

Essas capturas já estavam contrariando a facção a qual ele pertencia, pois, a cada delito praticado por ele, a polícia era chamada para fazer buscas na região, a exemplo desta quarta-feira, quando ele acabou entrando em confronto com a PM.

Desde as últimas semanas, membros da organização criminosa publicavam em redes sociais sua insatisfação com Gasparzinho. Eles se queixavam de pequenos furtos na “quebrada” – região de domínio da facção, onde geralmente são vendidas drogas, por isso a presença da polícia é ruim para o tráfico.

Nas últimas semanas, a facção criminosa a qual Gasparzinho pertencia…

… estava insatisfeita com o comportamento de Gasparzinho e mandava recados em redes sociais

Os crimes de Gasparzinho eram praticados próximos a essas regiões. Em uma das postagens, o “padrinho” dele – membro do grupo criminoso responsável por levar o “afilhado” para dentro da facção – diz: “estou pensando seriamente em pedir a camisa desses irmão”, numa clara ameaça de expulsá-lo do grupo criminoso.

Em outra postagem, uma integrante da gangue reclama que ele não estaria contribuindo a “caixinha” da facção. É que todo membro é obrigado a dar um valor semanal para manter a organização ativa. Agora Gasparzinho não terá mais que pagar a caixinha,

Seles Nafes
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