“O Estado fechou os olhos para a realidade dos presos”, diz juiz

Convidado para palestrar em Macapá pelo Instituto de Administração Penitenciária do Amapá, o juiz Wanderley Silva diz que há poucas políticas de ressocialização
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Por SELES NAFES

O juiz de direito Wanderley Silva é um magistrado diferente, da safra de juízes que costuma sair dos gabinetes e conhecer a realidade antes de dar uma sentença. Convidado pelo próprio Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) para palestrar em Macapá, ele admite que o Estado, de forma geral, negligencia a realidade dos presos.

Segundo ele, o sistema penitenciário do Brasil tem mais de 812 mil detentos, sem contar com os menores infratores que cumprem medidas socioeducativas.

Ele defende que a ressocialização é possível e essencial, mas lembra que o poder público precisa fazer a sua parte. O juiz também se mostrou favorável à terceirização das cadeias.  

O juiz durante conversa com os jornalista do Tribuna da Cidade. Foto: Seles Nafes

“Esse caos afeta não apenas os detentos, mas a nação brasileira. O Estado fechou os olhos para a realidade dos presos não efetivando as políticas de ressocialização, e abrindo fissuras para a potencialização das facções criminosas”, explica.

 

Pela manhã, antes de proferir a primeira palestra no Tribunal de Justiça do Estado (Tjap), ele falou ao Tribuna da Cidade, na 101 FM, comandado pelo jornalista Carlos Lobato.

A palestra principal será logo mais, às 15h, na Faculdade Estácio/Seama. A palestra é gratuita e aberta para advogados, policiais, acadêmicos e outros interessados. 

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