Obra em área de preservação tem autorização, diz empresa

A empresa afirma que a obra tem autorização da Secretaria de Meio Ambiente
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Por SELES NAFES

A empresa denunciada por moradores da APA da Fazendinha, no Igarapé da Fortaleza, afirmou neste sábado (5) que a construção de um empreendimento no local tem a permissão da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema). O assunto foi mostrado pelo Portal SelesNafes.Com esta semana.

A empresa garantiu que o projeto prevê a exploração racional do local, com benefícios para a comunidade.

Um banner com dados sobre a obra e o número do licenciamento da Sema foi colocado no local onde a empresa pretende construir uma distribuidora de gás, estacionamento e, futuramente, uma farmácia. Também está sendo executada a revitalização do calçamento para os moradores.

“Por causa dessa calçada já houve acidentes no local”, comenta a advogada Sâmya El Hosson, representante da empresa.

Banner da obra com o licenciamento da Sema. Foto: Divulgação

Material de construção no local da obra. Fotos: Rodrigo Índio

Ela admite que o empreendimento está numa área de preservação ambiental, mas que, além de estar regularizada, a obra não produzirá impactos ambientais.

“Não irá descaracterizar a área de preservação. Não haverá impactos. Se ele (empresário) não tiver autorização, perderá a posse”, lembra.

A distribuidora de gás atenderá comunidades ribeirinhas com segurança, assim como a farmácia, acrescenta.

“São serviços básicos que o povo ribeirinho também precisa. Não vai atrapalhar em nada, só vai beneficiar a comunidade, como a calçada que ele (empresário) está revitalizando”, assegurou a advogada.

Taxas

Ao contrário do que afirmam ribeirinhos, ela negou que a empresa esteja cobrando taxas de todas as embarcações ribeirinhas para que atraquem no local.

O empresário Francinato Silva também falou a respeito. Como ele tem a concessão do local e revitalizou, passou a cobrar taxas pelo desembarque de cargas a partir de determinadas quantidades. 

“A cobrança é feita para barcos que desembarcam a partir de cinco toneladas de carga, e cobra-se R$ 50. Qualquer produto que chegue para descarregar, abaixo de cinco toneladas, não é cobrado nada”, assegurou.

 

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