“Pago dois salários porque antecessor não fez transição”, diz prefeito em workshop

Prefeitos e gestores de municípios do Amapá receberam curso sobre transição de gestão. Atividade foi ofertada pela Secretaria de Cidades
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Por RODRIGO ÍNDIO

Nesta quinta-feira (31), no auditório do Sebrae, em Macapá, prefeitos e equipes de governo receberam orientações durante um Workshop que tratou sobre o processo de transição das gestões municipais.

Dos 16 municípios do estado, apenas os prefeitos de Amapá, Cutias, Itaubal, Porto Grande e Tartarugalzinho estiveram presentes no encontro, outros gestores enviaram apenas representantes.

Prefeitos e equipe de gestores municipais…

 

… receberam orientações sobre equilíbrio nas contas públicas e continuidade de políticas públicas. Fotos: Rodrigo Índio/SN

O workshop é uma parceria da Secretaria de Estado do Desenvolvimento das Cidades (SDC) com órgãos de controle.

O prefeito Rildo Gomes de Oliveira (foto de capa), do município de Tartarugalzinho, fez questão de participar do curso por conta das dificuldades que enfrentou durante a última transição entre gestões.

Secretário de Cidades do Estado, Antônio Teles Júnior: transição não começa após o fim da eleição

Apesar de já ter sido prefeito outras três vezes (1998-2002, 2004-2008 e 2008-2012), ele afirma que é preciso toda atenção possível no controle da máquina pública.

“Tive uma dificuldade grande na transição de 2016 para 2017. Inclusive, estou pagando o salário de 2016 que ficou atrasado. Como estou pagando dois salários, está impactando a folha. Essa transição é importante e não tive. Isso dificultou nos relatórios ao Tribunal de Contas. Não adianta terminar o mandato e no fim responder por improbidade administrativa”, frisou o prefeito.

Evento ocorreu no auditório do Sebrae, em Macapá

Segundo o secretário de Estado das Cidades, Antônio Teles Júnior, no evento os participantes receberam informações sobre as medidas que devem ser adotadas pelos prefeitos, secretários e assessores técnicos dos 16 municípios, principalmente, no último ano de mandato.

Dessa forma, segundo o gestor, serão assegurados a manutenção de projetos e programas governamentais e a continuidade de políticas públicas.

“Queremos sensibilizar técnicos e gestores que a transição não se inicia com o fim do processo eleitoral. Você tem que vir durante todo o ano da eleição tomando medidas administrativas, de política fiscal e de captação de recursos para atender a legislação e no fim do mandato poder entregar a prefeitura com as contas em dia”, destacou Teles Júnior.

Seles Nafes
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