Perícia faz reconstituição de homicídio cometido por agente penitenciário

Marcelo Brito da Silva, primo do acusado, foi morto a tiros após latinha de cerveja ser arremessada no carro de agente
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Por OLHO DE BOTO

Nesta quinta-feira (10), a Polícia Técnico Científica (Politec) realizou a reprodução simulada do caso do agente penitenciário que matou o próprio primo a tiros, após um desentendimento. O homicídio ocorreu na madrugada do dia 23 de dezembro do ano passado, em frente ao Parque do Forte, no centro de Macapá.

O acusado é o agente penitenciário Anderson Luiz Dias, de 39 anos, que confessou ser o autor dos três disparos que tiraram a vida Marcelo Brito da Silva, durante uma discussão motivada por uma latinha jogada no carro que o agente dirigia.

Atualmente, o acusado responde pelo crime em liberdade. A defesa da família da vítima protesta e pedirá a prisão preventiva do agente.

Politec e PC acompanharam relato dos envolvidos no caso…

 

Em diferentes pontos. Fotos: Olho de Boto/SN

Reconstituição

De acordo com o delegado Wellington Ferraz, da Delegacia de Homicídios, após a apresentação da versão da defesa, a justiça determinou que fosse feita a reprodução simulada dos fatos para esclarecer pontos considerados importantes, tanto para a defesa quanto para a acusação.

“Isso vai ajudar a entender o que realmente aconteceu e se os argumentos usados pela defesa são plausíveis ou não. O agente participou da reprodução simulada, inclusive dirigindo o veículo, e contando a versão dele dos fatos. A acusação diz que do carro ele apontou para a vítima e ele alega ter disparado em direção ao chão. O perito irá dizer qual a versão mais adequada do que aconteceu”, disse Ferraz.

Familiares da vítima pedem justiça

O advogado da família da vítima, Marcelino Freitas, reforçou que a reconstituição dos fatos ajudará a elucidar o caso e apontar as contradições na versão da defesa.

“Ele confessou que matou e isso é até uma estratégia de defesa. Ele alega legítima defesa, que as pessoas chegaram ali próximo a ele, tentaram agredi-lo por conta do arremesso dessa latinha no carro e que ele foi tentar tirar satisfação. Mas foram 3 disparos que tiraram a vida de uma pessoa, pai de família, que levou a pior nessa situação”, disse o advogado.

Advogado da família da vítima, Marcelino Freitas: tiros teriam sido efetuados diretamente na vítima e não para o chão como indica a defesa do acusado

O caso

Após a latinha atingir o veículo do agente, Marcelo Brito da Silva, teria tentado atravessar a via e, por pouco, não foi atropelado por Anderson Dias. O agente então teria manobrado o carro e já retornou atirando na vítima, que ainda foi socorrida ao Hospital de Emergência, mas não resistiu aos ferimentos.

Seles Nafes
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