UPA da Zona Sul: Sesa anuncia pagamentos em meio a protesto de funcionários

Funcionários falam que empresa não recebe há cinco meses, mas Sesa fala em 4 meses. Metade do débito deverá ser pago até o dia 10 de outubro, anunciou a secretaria
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Por RODRIGO ÍNDIO

Completou 24h a paralisação de parte dos funcionários da empresa terceirizada que administra a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Sul de Macapá, localizada no bairro Jardim Marco Zero. Durante o protesto, a Secretaria de Saúde do Amapá (Sesa) anunciou o pagamento de metade da dívida.

Os servidores decidiram cruzar os braços desde a segunda-feira (30), em protesto pelo atraso no pagamento à empresa que gerencia a unidade. Os serviços atingidos são de portaria, limpeza, atendimento ao público e de saúde.

Atraso levou à paralisação nesta terça-feira (1). Fotos: Rodrigo Índio/SN

O atendimento médico foi reduzido ao menor nível possível. Dos três médicos que trabalham por plantão, apenas um estava fazendo atendimento na tarde desta terça.

Segundo os trabalhadores, 60 funcionários entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem e radiologia aderiram ao protesto. A categoria fala em cinco meses de atraso, mas a Sesa admite quatro meses em aberto.

“(…) A empresa aguentou nossos salários em dia, mas chegou numa situação insustentável e a empresa emitiu um comunicado que não terá mais como suportar”, disse o agente de portaria Tiago Nascimento, de 30 anos.

“Vamos continuar aqui até que a empresa nos comunique que a situação está regularizada”, reforçou.

Tiago Nascimento: empresa informou que fez o possível para manter salários em dia

Esforço

O secretário de Saúde do Estado, João Bitencourt, informou que a Sesa está fazendo um grande esforço financeiro, com corte de despesas, para quitar pelo menos dois pagamentos de uma só vez, até o dia 10 de outubro, o que corresponderia à metade da dívida.

“O restante iremos reprogramar para ir quitando”, adiantou.

Segundo ele, a redução de arrecadação a partir de junho deste ano impactou nesse e outros pagamentos da Sesa. A IBGH, organização de saúde (OS) que gerencia a UPA, tem um contrato de R$ 1,1 milhão, mensais.

“A partir de outubro a arrecadação no país e no Estado começa a melhorar”, comentou o Bitencourt.

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