Veterano da Guarda lembra como era fácil prender ladrão no Amapá

Neves conta com muito bom humor como era combater a criminalidade 50 anos atrás
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Por SELES NAFES

Não é lugar comum dizer que a história da Guarda Territorial se confunde com a origem do Amapá. Ignorar essa memória seria como arrancar páginas importantes de um livro, deixando a narrativa desconexa. Na última sexta-feira (25), alguns remanescentes voltaram a ocupar a Fortaleza de São José de Macapá, antiga sede da corporação responsável pela segurança pública antes da criação da PM.

Era a solenidade de assinatura do decreto presidencial de transferência das terras da União para o Amapá. Momento importante. Devidamente uniformizados, seis deles foram posicionados na entrada do monumento, como se fosse a entrada para um túnel do tempo. Entre eles, estava o cabo Neves.

Neves entrou para a Guarda Territorial em 1970, quando tinha apenas 20 anos, e ficou nela até o fim da corporação, em 1978. A GT deu origem à atual Polícia Militar do Amapá, onde Neves ainda atuou antes de se aposentar.

Como estava de serviço, ele conversou rapidamente com o Portal SN

Como o senhor se sentiu quando soube que a Guarda Territorial ia terminar?

Foi uma tristeza. A gente estava acostumado com aquela vida aqui na Fortaleza (base da GT). No quartel (da PM) seria uma outra vida, mas ainda fiquei na PM por dois anos.

Neves permaneceu na Guarda Territorial até 1978. Fotos: Seles Nafes

Como o senhor entrou na Guarda?

Me convidaram, fiz um teste e passei.

Macapá tinha crimes violentos?

Tinha violência, mas claro que não como hoje. Até porque a população era menor, mas tinha alguns casos.

Havia muitos ladrões naquela época?

Só tinham dois: o Paca e o Osga (Risos).

Sério isso? 

Sério. Quando alguém roubava, a gente já sabia que era um dos dois. Quando não era o Paca, era o Osga (risos, muitos risos).

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