Por SELES NAFES
O Ministério Público Eleitoral do Amapá pediu pressa no julgamento da ação que pode cassar o mandado da deputada federal Aline Gurgel (PRB-AP). Ela é acusada de abuso de poder econômico, compra de votos e transporte de eleitores nas eleições de 2018.
O pedido de prioridade do julgamento no Tribunal Regional Eleitoral foi protocolado na última terça-feira (12). O relator do processo é o desembargador Gilberto Pinheiro, mas o voto dele será avaliado pelo pleno do tribunal.
O MP Eleitoral argumentou no pedido que os casos que envolvem desvio e abuso de poder têm ascendência sobre outros processos, conforme previsto na legislação. E que todas as fases que antecedem o julgamento já foram concluídas.
“(…) Visa a garantir a eficácia da decisão, que pode vir a ser prejudicada pela demora no julgamento da causa”, diz o MP Eleitoral.
No entanto, o julgamento ainda não consta no calendário de sessões do TRE.
Cícero
Aline Gurgel foi alvo da Operação Cícero, da Polícia Federal e Ministério Público Eleitoral, deflagrada em duas fases: dezembro/2018 e abril deste ano. Ela é acusada de usar R$ 200 mil apenas no esquema de compra de votos.
Aline Gurgel já se posicionou publicamente a respeito da denúncia, afirmando que fez uma campanha limpa, e que provará sua inocência.
Em maio, ela teve negado pela justiça pedido para anular todas as provas recolhidas nas duas operações, e em setembro o MP Eleitoral apresentou as alegações finais reiterando o pedido de cassação do mandato.