Por RODRIGO ÍNDIO
A foto de um rato dentro de um prato de refeição em um restaurante na orla de Macapá foi amplamente compartilhada nas redes sociais do Amapá neste domingo (3). O local foi alvo de fiscalização nesta segunda-feira (4), e o Portal SelesNafes.Com conversou com a dona do restaurante Beltrão, no Complexo Beira-Rio. Ela chorou, e alegou ter sido vítima de tentativa de extorsão.
A cliente, que não quis falar sobre o assunto nesta segunda, publicou a foto em seu perfil no Facebook, aconselhando as pessoas a não almoçar no restaurante, e que iria fazer exames após ter consumido o alimento supostamente contaminado por uma catita no meio do feijão.
Logo cedo, o restaurante recebeu equipes da Vigilância Sanitária e do Instituto de Defesa do Consumidor (Procon).
Segundo a fiscal Maria do Socorro, a equipe teve conhecimento do caso através das redes sociais e realizou uma rígida fiscalização no ambiente. Os fiscais informaram não ter constatado nada grave.
“Estão irregulares, mas os proprietários já procuraram a vigilância sanitária e está em fase se regularização documental. Entrei na cozinha deles e não vi nada de tão grave, é tudo organizado. Aqui só precisa de algumas adequações, mas coisas básicas de serem resolvidas, porém, necessárias”, avaliou Maria do Socorro, da Vigilância Sanitária.
No entanto, o rato não pôde ser levado para perícia porque foi descartado pelos funcionários logo depois do ocorrido.
Versão da proprietária
Neide Vilhena, de 55 anos, tem o empreendimento há três anos. Ela relatou que estava no caixa quando a denunciante chegou e teria comentado: “moça, dá uma olhada no meu prato. Se você não me der dinheiro, eu vou espalhar umas fotos que fiz”.
A dona do estabelecimento afirma que tentou amenizar a situação, e que não pagou o valor supostamente exigido. Após isso, a mulher teria saído de mesa em mesa mostrando as fotos no celular.
“O prato dela tava só com um pouquinho de comida e com aquela catita ali. Aqui é self servisse. Como a pessoa se serve e não vê algo estranho no prato? Suspeito, não? Fiquei sem entender porque se você entrar na minha cozinha ela é toda forrada, limpa e organizada. Sou chata mesmo pra deixar tudo em ordem. Não sei como isso aconteceu, nem entendo”.
Mesmo com incidente, Neide decidiu abrir o estabelecimento normalmente pela manhã.
“Eu tenho funcionários que têm família, eu tenho família. Estou arrasada porque não temos nada a esconder. Alguém está querendo me prejudicar de alguma forma, agora quem, não sei. Nunca vi ela na minha vida”, enfatizou.
“Peço desculpas pelo fato, primeiro porque a gente nunca tem essa intenção de prejudicar alguém. Quem já veio aqui sabe do nosso compromisso. A gente luta todos os dias pra trabalhar de forma digna e acontece isso. Deus não dorme”, ponderou.
A reportagem do SN entrou em contato com Edhianye Gibson que fez a publicação, mas ela alegou ter outros compromissos e que não teria como conversar sobre o assunto.
Familiares da comerciante disseram que irão registrar boletim de ocorrência contra a cliente.