No Amapá, pessoas com ensino superior ganham 4 vezes mais

No Amapá, o rendimento médio de pessoas com ensino fundamental incompleto é de R$ 972, enquanto pessoas com nível superior completo ganham R$ 3.877,00.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou dados consolidados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) de 2018 que apontam maior rendimento de pessoas com nível superior.

A pesquisa agrupa os quatro quadrimestres de 2018 e traça um perfil socioeconômico e as dinâmicas de todo o país.

No Amapá, o rendimento médio de pessoas com ensino fundamental incompleto é de R$ 972,00, enquanto que as pessoas com nível superior completo ficou em R$ 3.877,00, praticamente quatro vezes mais.

Curiosamente, as pessoas sem escolaridade, apresentaram renda média um pouco superior as que tem o ensino fundamental, com R$ 986,00.

“Isso se explica porque essas pessoas tem mais idade e geralmente conseguiram construir patrimônio como autônomas ou em outras atividades”, explicou Joel Lima da Silva, supervisor de disseminação de informação do IBGE.

Em relação às pessoas com ensino médio completo, as pessoas com ensino superior ganham pelo menos duas vezes mais. Joel fez uma avaliação dos dados.

Joel Lima da Silva, supervisor de disseminação de informação do IBGE. Fotos: Marco Antônio P. Costa /SN

“A busca pelo ensino superior, que vemos cada vez maior na sociedade como um todo e também no Amapá, se justifica pelos números, pois a pesquisa demonstra claramente que as melhores remunerações são para quem está mais qualificado”, afirmou o supervisor.

O Portal Seles Nafes apresentou os dados da pesquisa ao professor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), André Guimarães, do colegiado de pedagogia. Ele demonstra preocupação com o momento atual do ensino superior no Brasil.

Ele critica que o presidente Jair Bolsonaro defende que a educação superior não seja para todos e que para os filhos da classe trabalhadora seria muito melhor um curso técnico, para colocar o jovem no mercado de trabalho.

Professor André Guimarães: ensino superior tem que ser para todos

“Isto traz dois problemas: o primeiro é o histórico preconceito contra os excluídos socialmente, aos quais são atribuídos os piores trabalhos e os menores salários; o segundo consiste na negação da educação superior como elemento central de desenvolvimento de uma nação, fato que contraria diversos estudos, como o recém divulgado pelo IBGE”, comentou André Guimarães.

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