Da REDAÇÃO
Elemento fundamental na cultura do marabaixo – uma das maiores heranças de matrizes africanas no Amapá – a gengibirra, agora é patrimônio imaterial do Estado.
O governador Waldez Góes sancionou, nesta quinta-feira (5), a lei que declara a bebida patrimônio cultural imaterial do Amapá. O projeto que deu origem à Lei é da deputada Cristina Almeida.
A bebida, feita à base de gengibre, açúcar e aguardente, é um dos elementos do marabaixo, também declarado patrimônio imaterial do Brasil, um ano atrás pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A gengibirra é feita com o gengibre triturado, coado, adoçado e o preparo é com ou sem bebida alcoólica. A bebida, dizem os cantadores de marabaixo, serve para fortalecer a voz na hora de puxar os ladrões (versos) do marabaixo, além de dar vigor para as dançadeiras e dançadores.
Servida gratuitamente nas festas de marabaixo, a gengibirra e caiu no gosto do público, ganhou até alguns fabricantes em maior escala, e hoje é comercializada dentro e fora do Amapá.