Após 2 dias de paralisação do transporte escolar, sindicato cobra licitação

Após dois dias parados em protesto, transportadores escolares do Amapá retornaram ao trabalho com o pagamento referente ao mês de setembro feito pelo Governo.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Após dois dias de paralisação no início desta semana, os transportadores de estudantes que prestam serviço ao Governo do Estado do Amapá (GEA) retornaram ao trabalho com o pagamento referente ao mês de setembro.

Entretanto, os 1050 motoristas e donos de veículos (kombis, vans, micro ônibus e ônibus), alertam que suas atividades podem ser suspensas novamente caso o GEA não cumpra o acordo de regularizar os pagamentos dos meses restantes (outubro e novembro).

Imagem de protesto na Praça da Bandeira dos transportadores ocorrido esta semana. Fotos: Divulgação

Na terça-feira (3), após a paralisação ter sido praticamente total em todos os transportes dos alunos, uma reunião no Palácio do Setentrião, centro de Macapá, onde a secretaria de Fazenda do Estado apresentou cronograma de pagamentos, possibilitou o retorno ao trabalho.

Mas, os trabalhadores alertam para o fato de que o serviço está funcionando sem nenhum tipo de contrato, após várias renovações seguidas de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Após Assembleia, transportadores decidiram aceitar acordo com governo

Problema antigo

A presidente do Sindicato dos Transportadores Escolares Autônomos, Terrestres e Marítimos do Estado do Amapá (Sintrae), Albertina Conceição, lembra que os problemas da categoria são antigos.

“Fizemos a paralisação com todo o cuidado, conversando com os pais que entenderam e nos apoiaram. Sempre estamos com o pagamento atrasado e precisamos de dinheiro todos os dias, porque temos que abastecer e fazer a manutenção dos veículos”, declarou Albertina.

Presidente do Sindicato dos Transportadores Escolares Autônomos, Terrestres e Marítimos do Estado do Amapá (SINTRAE), Albertina Conceição,

Ao atraso dos pagamentos, somam-se outros problemas, como as condições jurídicas em que o serviço é prestado.

“Hoje não podemos abrir um crediário sequer, porque não temos um contrato para comprovar o serviço que prestamos. São anos empurrando e enrolando para realizar uma licitação e regularizar nossa vida”, completou a sindicalista.

O que os motoristas temem é que se repita o que ocorreu em 2014, ano em que os trabalhadores ficaram sem receber, até hoje, três meses de serviços prestados.

O Governo, através da Secretaria de Estado da Educação (Seed), informou à categoria que o processo licitatório será realizado para o ano de 2020 e que o mesmo já se iniciou com uma chamada pública que está sendo realizada no município de Mazagão.

Seles Nafes
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