Após ataque a carro, 2º sindicalista é ameaçado de morte no Amapá

Genival Cruz recebeu ligação e mensagem uma semana depois do presidente do Sincotrap ter o carro incendiado. Foto: Seles Nafes
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Por SELES NAFES

Depois do atentado que terminou com a destruição do carro do presidente do Sindicato dos Rodoviários do Amapá (Sincotrap), foi a vez do vice-presidente da entidade sofrer uma grave ameaça de morte. Genival Cruz, de 41 anos, registrou queixa na Polícia Civil que abriu inquérito para investigar os crimes.

A ameaça ocorreu por telefone na última segunda-feira (23), por volta das 15h. Primeiro foi uma ligação onde um homem afirmava que Genival não estaria vivo no dia seguinte. A mesma ameaça foi repetida por mensagem de texto.

“Disseram que o que fizeram com o carro do presidente foi só um susto. Que eu não passaria da madrugada de terça-feira (24), que iam me passar o sal”, lembra o sindicalista.

Mensagem enviada ao celular de Genival Cruz

Na madrugada do último dia 17, o presidente do Sincotrap, Max Délis, teve o carro incendiado em frente ao apartamento onde mora, no conjunto Macapaba, zona norte de Macapá.

O ataque ocorreu durante a madrugada e foi filmado pela câmera de segurança de outro apartamento. Horas antes, dois homens tinham ido até a sede do sindicato e chutaram com violência o portão do prédio. Eles foram embora após a intervenção de um vigilante.

Carro do presidente do sindicato foi incendiado no dia 17 de dezembro. Foto: Marco Antônio P.Costa

Max Delis teve o carro incendiado. Polícia investiga o caso. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

Cautela

Cauteloso, o vice-presidente do Sincotrap, que já disputou eleições municipais e estaduais, preferiu não fazer acusações.

“Tem a ver com as nossas lutas contra as elites”, resumiu.

Ele registrou queixa no Ciosp do Pacoval e depois foi recebido pessoalmente pelo secretário de Justiça e Segurança Pública, coronel Carlos Souza.

Genival Cruz também comunicou a executiva nacional do PSTU e as centrais sindicais, que iniciaram uma campanha nacional de denúncias, e ainda encaminharam o caso ao ministro da Justiça, Sérgio Moro.

“Estamos vivendo uma conjuntura nacional difícil com assassinato de líderes sociais, e não dá para ignorar uma ameaça grave como essa”, concluiu.

Seles Nafes
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