Fechado há 5 anos, museu no Amapá não tem previsão de reabertura

Prédio do museu é o terceiro mais antigo do Estado, só ficando atrás da Igreja de São José de Macapá e da Fortaleza. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Guardião de parte considerável da memória e da história do Amapá, o Museu Joaquim Caetano da Silva tem problemas estruturais no telhado e sofre com infiltrações. O museu está fechado desde 2014 e segue sem previsão de reabertura.

O prédio do museu, localizado na Travessa Mário Cruz, Centro de Macapá, é o terceiro mais antigo do Estado, só ficando atrás da Igreja de São José de Macapá e da Fortaleza de São José.

A arquitetura do prédio onde antes funcionou a Intendência de Macapá [antiga prefeitura], é considerada, por si só, uma relíquia histórica.

“O prédio tem construção no estilo neo-clássico, sendo a última construção ainda de pé da Belle Époque da Amazônia em Macapá”, explicou o arquiteto e urbanista Harife Viégas.

Prédio do museu funcionou como intendência de Macapá no passado. Foto: arquivo

Acervo

O museu tem em seu corredor central uma exposição que conta a história do próprio museu, que já mudou de casa várias vezes e funcionou, por um período da década de 1990, nas dependências da Fortaleza de São José de Macapá.

Há também registros da história do Contestado Franco-Amapaense, inclusive com uniformes e pertences militares de Francisco Xavier da Veiga Cabral, o Cabralzinho.

Também há objetos de outros períodos históricos do Amapá, como móveis e objetos de trabalho do primeiro governador do Território Federal do Amapá, Janary Gentil Nunes.

A maioria desses dados citados sobre a história do prédio e do acervo do museu, foram coletados da recente pesquisa realizada pelo professor de história Marcelo Moreira Santana, que estudou a fundo a trajetória do museu.

Prédio é a última construção ainda de pé da Belle Époque da Amazônia em Macapá. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

Marcelo considera o Museu Joaquim Caetano da Silva um aparelho fundamental para a memória amapaense.

“Pessoalmente acho o principal museu do Amapá, principalmente porque é o que conta a história daqui. Um povo sem memória é um povo sem presente e com futuro incerto. Mais do que incentivo ao turismo, o museu está intimamente ligado à memória e à história de um povo e de um lugar. Cinco anos é muito tempo, esperamos que em breve aconteça a reabertura, é uma necessidade para a população”, declarou o professor de história.

O que diz a Secult

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult), a qual o Museu Joaquim Caetano da Silva está vinculado, esclarece que já solicitou a reforma estrutural do museu para a Secretaria de Estado da Infreaestrutura (Seinf) e que aguarda um retorno da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para que inicie um processo licitatório.

No entanto, nenhuma data de previsão foi informada.

Seles Nafes
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