Tecladista e produtor musical marcou história em projetos importantes, como as bandas Negro de Nós e Warilou
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
No início da tarde desta sexta-feira (13), faleceu o músico Walber Guimarães Silva, aos 60 anos, na casa onde morava, no Centro de Macapá. Walber era hipertenso e, provavelmente, sofreu um infarto fulminante quando se preparava para almoçar.
Relatos dão conta de que Walber esteve toda a manhã fora de casa resolvendo problemas em várias instituições públicas. Ao chegar, passou mal, levou a mão ao lado esquerdo do peito e pediu ajuda dos familiares.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi acionado e duas ambulâncias foram enviadas ao local. Os paramédicos ainda tentaram fazer a reanimação de Walber, mas o mesmo acabou indo a óbito pouco depois das 13 horas.
Músico estava em casa quando passou mal. Foto: arquivo pessoal
Grande perda para amigos e música amapaense
Walber Guimarães Silva era, além de tecladista, um produtor musical. Participou da produção de discos e shows de boa parte dos artistas da terra. Sua influência não se limitava ao Amapá. Walber foi integrante da icônica Warilou, banda paraense de muito sucesso na década de 80.
Também foi integrante da banda “Os setentrionais”. Entretanto, o também compositor Walber marcou de vez seu nome na música da Amazônia quando idealizou e fundou a banda Negro de Nós, no final nos anos 90.
Silmara Lobato: Walber Silva é fundador da banda Negro de Nós. Foto: arquivo
Silmara Lobato, a vocalista da Negro de Nós, relembrou o amigo.
“Ele foi quem pegou essa influência do caribe e trouxe de vez para a nossa a música. Ele é o idealizador da Negro de Nós, foi chamando um a um para a fundação, lá por 1999. Passaram-se 20 anos, e eu posso dizer que a importância desse músico e desse amigo na minha vida é tão grande, que se não fosse o Walber, nem existiria a cantora Silmara Lobato. Vou velar o meu amigo”, declarou, emocionada, a cantora amapaense.
Músico Cléverson Baía: música do AP tem grande perda. Foto: reprodução
O presidente do Conselho Estadual de Cultura, também músico, Cléverson Baía, relembrou do colega.
“Posso falar por centenas de músicos amapaenses que têm uma relação direta com essa pessoa que é Walber. A música fica um pouco mais triste hoje por dois motivos: pelo que ele representa na formação, gravação, produção musical e influência para vários músicos. E depois pela alegria dele, um cara que mesmo quando estava em adversidade, nunca o vimos triste, era um brincalhão. A música da Amazônia fica duplamente triste”, declarou Cléverson Baía.
Negro de Nós foi fundada no fim dos anos 1990. Foto: reprodução
O velório do músico ocorrerá a partir das 19 horas desta sexta-feira, na capela mortuária localizada na esquina da Rua Jovino Dinoá com a Avenida Cora de Carvalho, no Centro de Macapá.
O enterro está previsto para as 10h30 deste sábado (14), no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, também no Centro da capital.
