TRF1 manda soltar superintendente da Caixa no Amapá

Clemilson Andrade foi preso na terça, 17, por ordem da justiça de Roraima
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Por SELES NAFES

O desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal 1ª Região (TRF1), mandou soltar o superintendente da Caixa Econômica no Amapá, Clemilson Andrade de Carvalho. Ele foi preso pela Polícia Federal na última terça-feira (17), mas a defesa alegava que a prisão tinha sido abusiva.

Ele foi preso em Macapá por ordem da 4ª Vara Federal de Roraima, estado onde era gerente de financiamentos agrícolas, e passou a ser investigado num inquérito que apura a liberação fraudulenta de financiamentos.

O superintendente é acusado de estelionato majorado supostamente praticado entre os anos de 2014 e 2015. De acordo com os autos do processo, a PF investiga um suposto esquema que usava laranjas e terras inexistentes para liberar empréstimos.

Só uma empresa de fechada teria causado um prejuízo de R$ 1,1 milhão. O prejuízo total teria sido de R$ 6 milhões, de acordo com a PF.

Entre as pessoas que receberam os créditos e estariam beneficiárias do programa Bolsa Família. Uma gerente e outros servidores do banco também são investigados, e tiveram as prisões decretadas.

Além das propinas, eles teriam sido premiados pelo banco por terem atingido as metas após a liberação dos financiamentos.  

A defesa alegou que a ordem de prisão temporária (5 dias) teria sido decretada pelo juízo da 4ª Vara federal por ex officio, ou seja, por iniciativa do magistrado, sem que nenhum pedido fosse feito pelos órgãos investigadores. A PF havia solicitado a prisão preventiva, que foi negada.

Operação Assucena foi cumprida em sua terceira fase. Foto: PF/Divulgação

Ainda de acordo com a defesa, o superintendente é “pessoa íntegra”, que não oferece risco às investigações, e que medidas cautelares seriam suficientes para garantir a instrução processual.

Além disso, a prisão seria uma medida “abusiva, desproporcional e desnecessária”, e que o superintendente sofre de depressão, com uso de medicamentos.

A Caixa Econômica Federal divulgou uma nota onde afirma que colabora com as investigações, e que afastou os servidores suspeitos.

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