Por RODRIGO ÍNDIO
Alvo de muitas reclamações pelo abandono e demora em seu andamento, parece que enfim a obra do muro de arrimo da orla dos bairros Aturiá e Araxá, na zona sul de Macapá, seguirá. Ela foi retomada e ganhará obras de urbanização da área e do entorno dos conjuntos habitacionais desta região.
Na manhã desta sexta-feira (10), foi anunciada a data de conclusão das obras. Com 71% da construção concluída, o muro de arrimo será entregue em maio deste ano. Já a urbanização que iniciará ainda nesse primeiro semestre, tem previsão para ser entregue em 2021.
A garantia é do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que conseguiu para o governo do Amapá, em Brasília, a liberação de R$ 19 milhões, junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional.
O recurso é para estruturar os 1.070 metros de extensão do projeto que incluirá áreas de lazer, calçadas, pavimentação asfáltica, drenagem superficial, saneamento e pontos de acesso ao transporte público e coleta de lixo.
720 metros do muro de arrimo já foram executados, pelo governo do Estado, com investimento de R$ 18,6 milhões. Davi foi um dos responsáveis pelo destravamento do recurso, em Brasília, liberando o aporte junto ao BNDES para prosseguimento da construção.
“É um investimento de quase R$ 20 milhões para urbanização dessa obra, que contempla diversos serviços para interligar a orla até a Linha do Equador. Uma obra de 1 km que vai custar cerca de R$ 40 milhões para modernizar nossa cidade”, comentou Davi.
Alcolumbre falou ainda dos benefícios para a população e para o turismo.
“Trará mais qualidade de vida. Os moradores vão sair da insalubridade para seus apartamentos. O muro de arrimo será terminado e logo vamos concluir a urbanização de toda a área para ser um ponto de encontro para as famílias amapaenses”, frisou o senador.
Aluízio Pedrada mora há 30 anos no local e viu o espaço do Aturiá ser invadido e ser popularizado. Depois de muito cobrar das autoridades, hoje celebra o avanço das obras.
“Pra gente que carregava baldes na cabeça para ter água potável e viu pessoas perderem casas aqui, isso é ganhar na loteria, ver nosso espaço sendo enfim concluído. Criticamos e cobramos, agora vamos fiscalizar e no final agradecer”, falou o morador.
Durante vistoria técnica ao local, o governador Waldez Góes, acompanhado de Davi e uma comitiva de engenheiros e técnicos, explicou que a obra ficou paralisada por mais de dez anos para readequações do projeto. Ele também falou de obras do conjunto habitacional do Aturiá.
“São três obras, nas três estamos contando com o apoio integral do presidente Davi e da bancada federal. O muro de arrimo de R$ 20 milhões, a urbanização que já tem inicialmente mais R$ 20 milhões, e o conjunto habitacional que está sendo construído e que gratuitamente será entregue. São habitações para mais de 50 famílias que estão em aluguel social e que moravam aqui e foram atingidas pelo rio”, assegurou o governador.
Recursos para habitacionais
No habitacional Aturiá, 512 unidades estão sendo construídas para atender 2,3 mil pessoas das famílias carentes que tiveram casas derrubadas pela maré e atualmente residem em situação de risco na orla ou em casa de parentes.
No habitacional do Congós, serão 280 moradias para 1.228 pessoas, proporcionando assim, nos dois conjuntos, abrigo para um total de 3.564 moradores. As famílias que já foram cadastradas e passaram por estudo social, receberão moradias na região da Vila das Oliveiras.
Para construção dos habitacionais em Macapá, foi alocado por Davi com apoio da bancada, R$ 260 milhões, junto ao governo federal. Além dos conjuntos do Aturiá e Congós, esse recurso também foi usado para a execução das habitações do Miracema, na zona norte da capital.
O projeto atenderá, em todos os habitacionais, aproximadamente 13.600 pessoas: 10 mil do Miracema e 3.564 do Congós e Aturiá.