Detento do regime domiciliar sai de casa para assaltar

Imagem do bandido sendo apresentado na delegacia. Ação criminosa ocorreu no bairro Araxá, na zona sul de Macapá. Vítimas conversam na frente de casa.
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Por OLHO DE BOTO

A Polícia Militar capturou Eugênio Sá Quaresma, de 22 anos, o “Papel”, preso na noite deste domingo (12), por volta de 21h, depois de ser apontado como sendo o autor de um roubo ocorrido no bairro Araxá, na zona sul de Macapá.

Com ele foram encontrados uma arma de fogo e os objetos roubados de uma família que estava reunida na frente de casa, na avenida Equatorial – principal via do bairro.

Segundo o sargento Tércio Cid, do 1º Batalhão, Papel é um velho conhecido da polícia e sempre age com violência contra as vítimas.

Dessa vez, ele surpreendeu cinco pessoas de uma família que conversavam na frente de casa. Segundo relatos das vítimas, o bandido sacou uma pistola, de calibre 635, e anunciou o assalto.

Em seguida, quando se preparava para fugir levando aparelhos celulares e um anel, um dos moradores reagiu e conseguiu derrubá-lo no chão. Papel foi imobilizado e a polícia foi chamada. O morador que reagiu disse que percebeu que arma não estava municiada.

Celulares e anel que Papel já tinha tomado das vítimas, e a arma usada por ele no assalto. Fotos: Olho de Boto/SN

“Para sorte do morador, a pistola estava sem munição. Ele [o bandido] ainda chegou a apontar a arma para o cidadão e num reflexo acionou o gatilho. Não recomendamos que reajam a assalto. É perigoso”, alertou o sargento.

Tércio Cid lembrou que, um ano atrás, Papel participou de um roubo ao caminhão de uma fábrica de refrigerantes situada no Distrito Industrial de Macapá. O crime ocorreu quando o caminhão era usado por funcionários para fazer entrega em estabelecimentos comerciais do bairro Araxá, área de atuação de Papel.

Segundo a polícia, por este crime foi preso e ficou cerca de nove meses no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

“Depois desse tempo preso, ganhou o benefício da prisão domiciliar. Ou seja era para estar em casa nesse horário, mas estava era atacando famílias”, ressaltou Tércio Cid.

Na delegacia, as vítimas reclamam da falta de segurança na região. Uma delas disse que foi a segunda vez que foi assaltada por Papel.

“Da outra vez ele levou meu celular e agora já ia levando de novo. Gostaria de pedir mais segurança no nosso bairro. Não podemos mais nem conversar em frente de casa, nem abrir a porta. Esse bandido conhece todo mundo, xingando, ameaçando, e ainda nos chama de vagabundos, nós que trabalhamos”, desabafou.

Seles Nafes
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