Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Nesta semana, Ana Cláudia Ribeiro da Silva, 40 anos, se formou em enfermagem após cinco anos indo e voltando todos os dias do município de Porto Grande para Macapá, percorrendo mais de 200 km.
Casada com o vigilante Aldoino Oliveira da Costa, de 38 anos, Ana Cláudia tem uma filha de 12 anos e já trabalha como técnica em enfermagem todos os dias no município a 105 km da capital. Morar em Macapá ou dormir na casa de uma amiga ou parente, não era uma opção.
A saída de casa era por volta de 17 horas e o retorno por volta da meia noite. Além do tempo, o dinheiro também pesou para a renda familiar. No final da faculdade, o gasto por dia estava em torno dos R$ 80 diários.
Indo e voltando todos os dias e dirigindo sozinha pela BR-156, houve uma vez em que o motor do carro deu problema. Também houve um cochilo ao volante durante um retorno, mas que felizmente não causou nenhum acidente.
Perda da mãe e apoio do marido
Momentos mais difíceis foram também relatados pelo casal. Durante os cinco anos de faculdade, Ana Cláudia perdeu a mãe e, no meio de 2019, também perdeu o pai. Mesmo com tudo isso, a agora enfermeira se manteve focada.
O esposo contou que sempre apoiou os estudos de Ana Cláudia e que agora isso também lhe incentivou.
“Ela teve tudo para desistir no decorrer desses cinco anos, não é porque sou esposo dela, mas ela é muito guerreira. Sempre a apoiei. Agora eu também quero estudar, quero fazer fisioterapia”, contou Aldoino Oliveira da Costa, de 38 anos.
Seguir nos estudos
Ainda não acabou. Após a conquista desse objetivo, Ana Cláudia já está visualizando as próximas tarefas.
“Estou realizada. Foi uma meta que estabeleci e estou muito feliz de ter conseguido. Agora vou fazer uma especialização em urgência e emergência”, declarou, contente Ana Cláudia.