Multidão de jovens faz doação de sangue e blitz para ajudar o Hemoap

Mobilização juvenil aglutinou centenas no entorno do instituto responsável pelo banco de sangue no Amapá
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Por RODRIGO ÍNDIO

Doar sangue é um gesto solidário e salva vidas. E foi com essa motivação que dezenas de jovens levantaram cedo nesta terça-feira (28) e ocuparam o Instituto de Hemoterapia Hematologia do Amapá (Hemoap) e seu entorno. Uns puderam doar e outros não.

Quem passava por ali, se surpreendia e ficava curioso com a multidão no espaço que normalmente recebe poucos doadores diários. Toda essa juventude era composta por bolsistas do programa Amapá Jovem, que na segunda-feira (27) receberam dicas e orientações para serem doadores e multiplicadores da ideia através da campanha “Juventude sangue bom: vida, quem curte doa”.

Mensagem em prol da doação de sangue…

 

…ocupou as ruas das proximidades do instituto. Fotos: Rodrigo Índio/SN

Uma delas era Larissa Ferreira Martins, de 21 anos, que nunca havia doado. Após seguir todas as orientações e se encaixar no perfil, ela fez a doação e disse que não pretende mais parar.

“Moro na zona norte e sou carente, nem sabia que podia doar, mas quando soube aproveitei essa chance para poder ajudar as pessoas. Todos nós não temos uma vida fácil, mas temos saúde e por que não ajudar quem tá lutando pela vida? Eu serei uma eterna doadora, enquanto puder ajudar estarei aqui”, garantiu Larissa.

Larissa Ferreira Martins: jovem quer ser doadora de sangue assídua

O Leandro Barros da Silva, de 18 anos, morador do conjunto Macapaba, também doou pela primeira vez. Mas o estudante não foi só, levou a mãe Francisca de Sousa Barros, de 33 anos, para também fazer a doação.

“Ele me surpreendeu dizendo que ia doar, achei lindo da parte dele que também me convenceu a doar só que como eu não segui algumas orientações necessárias não pude doar, mas farei tudo certinho e retornarei para contribuir”, comentou a dona de casa.

Leandro Barros da Silva e a mãe, Francisca de Sousa Barros, foram ao Hemoap somar na campanha

Assim como Francisca, alguns jovens também não puderam doar por algumas restrições, como ter piercing e tatuagens recentes, ou até mesmo fazer sexo com mais de um parceiro em um espaço menor que 12 meses. Essas pessoas foram multiplicadores e levaram um amigo ou familiar para doar.

Blitz educativa

Do lado de fora do Hemoap, outros jovens faziam uma mega blitz educativa que contou a distribuição de panfletos e com o apoio do Batalhão de Policiamento de Trânsito da PM (BPTran).

Para o secretário de juventude, Pedro Filé, cerca de 250 a 300 pessoas participaram da ação nesta manhã. Destes, 70% foram doadores, mas o número exato só será divulgado após um balanço do Hemoap dos dois dias de ação, que segue nesta quarta-feira (29).

“Esse é um público que o Hemoap não está acostumado a ter e através dessa campanha a gente consegue aglutinar essa garotada que talvez de forma espontânea dificilmente passaria por aqui. Superou nossas expectativas e que isso se torne algo comum para esses jovens ao longo do ano inteiro e da vida”, finalizou.

Seles Nafes
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