Clipe premiado em festival no Amapá fala que mulheres podem vencer

Assinado pela amapaense Mc Deeh, produção usou como cenários monumento do Marco Zero e sambódromo. Foto: reprodução
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

“Madalena” é o nome do filme premiado na mostra “Fôlego”, espaço no Festival de Imagem e Movimento (FIM) voltado para o apoio, incentivo e difusão da produção de audiovisual do Amapá. A música, com o mesmo nome da produção, é assinada pela amapaense Mc Deeh, que convidou para a obra a rapper paraense Anna Suav.

O filme, que na verdade é um clipe, foi produzido pela Caribé Filmes e pela produtora Açaí com Pólvora. A gravação se passa no Marco Zero do Equador, no sambódromo e um cenário fechado.

Já a letra da música, faz alusão ao nome da personagem bíblica e as dificuldades sociais, financeiras e a realidade das mulheres.

Assista:

“Madalena foi perseguida também por ser mulher. Na minha versão, eu coloco que poder, dinheiro, tudo isso a mulher pode alcançar. Isso vai muito pro lado do homem, que o homem pode ter poder e dinheiro, andar em carrão chique, mas a mulher também pode. Falamos muito do poder e da ideia do feminismo”, contou, antes do anúncio do prêmio, Mc Deeh.

Mc Deeh: feminismo é tema da produção. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

A mostra Fôlego ocorreu na sexta-feira (28), exibindo 12 produções locais no Centro de Difusão Cultural João Batista de Azevedo Picanço, no Centro de Macapá.

“A produção amapaense vem se aprimorando. Os profissionais começam a investir na linguagem audiovisual autoral. Predominantemente, o que se faz aqui é publicidade, telejornalismo e alguma coisa de institucional. Agora tem uma produção grande de videoclipe, de filme de ficção, teve um edital grande que contemplou vários formatos e isso tudo estimulou mais a pensar o audiovisual mais como arte do que só mercado”, declarou Alexandre Brito, um dos organizadores do FIM.

Alexandre Brito (FIM): audiovisual no AP está evoluindo. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

Prêmio Gengibirra de Audiovisual

Os autores dos 12 curtas que estavam concorrendo tiveram que aguentar a ansiedade para a divulgação da Prêmio Gengibirra, que só foi divulgado um dia depois, durante a festa do festival.

Mc Deeh conta que estava no seu trabalho [ela é bartender] e contou com a compreensão da patroa que a liberou mais cedo para acompanhar o anúncio.

“Já tinha falado até com o figurinista do Madalena pra ele representar, caso fosse necessário, mas aí consegui ir e teve a divulgação. Fiquei muito feliz e já decidi reinvestir a grana na produção do Madalena II, que eu vou até Belém do Pará para encurtar essa relação nortista”, contou MC Deeh.

Mostra coloca em evidência produções locais. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

A premiação, segundo a própria organização do FIM, ainda é simbólica, no valor de R$ 1 mil para incentivar e ajudar nos trabalhos e para que a produção do audiovisual independente no Amapá continue crescendo.

Seles Nafes
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