Por OLHO DE BOTO
Respaldados por ordens judiciais de busca e apreensão, agentes que investigam a morte do universitário Elder Lucas Costa de Souza, de 24 anos, estiveram, nesta segunda-feira (17), na casa da sogra e no local de trabalho do comerciante Ruan Pablo Alves de Oliveira, principal acusado do crime.
Elder Lucas foi assassinado com um tiro, no dia 18 de janeiro de 2020, na Rua Claudomiro de Moraes, no bairro Buritizal, zona sul de Macapá.
De acordo com o delegado Cesar Ávila, da Delegacia Especializada de Investigação de Crimes Contra a Pessoa (Decipe), um dos objetivos do cumprimento do mandado de busca e apreensão era encontrar provas referente ao homicídio, entre elas a arma do crime.
Os policiais procuraram no bar gerenciado pelo acusado, próximo ao local do homicídio. O armamento não foi encontrado. Contudo, o carro do comerciante e o celular da esposa dele, que estava na direção do veículo no dia do crime, foram apreendidos.
Ávila acredita que o “fator surpresa” sobre o mandado de busca e apreensão foi descoberto, por isso a arma não foi encontrada.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento do crime. A vítima seguia o veículo do acusado quando foi atingida por um único tiro. O projétil entrou pelo ombro, atravessou o torax, atingindo o pulmão, até chegar no coração. O disparo teria partido de dentro do carro de Ruan Pablo.
Além dele, a motorista do carro também foi indiciada. Àvila explicou o envolvimento dela.
“O vídeo deixa claro que, sem a participação dela, o crime não teria ocorrido. Ela permitiu que o carro emparelhasse com a vítima, facilitando o disparo pelo autor”, revelou o delegado.
Dias depois da morte de Elder Lucas, Ruan Pablo compareceu à delegacia e relatou ter sido o autor do disparo. Apesar da confissão, ele teve a prisão negada pela Justiça.
Além de homicídio, o acusado deve ser indiciado por porte ilegal de arma de fogo.
“O acusado não possui porte nem registro de arma, não tinha autorização nenhuma para andar armado”, reforçou Àvila.
Elder Lucas era acadêmico do curso de Artes da Universidade Federal do Amapá (Unifap). O inquérito segue agora para Ministério Público.
“Já estamos na fase de conclusão do inquérito, a fase final, na qual estamos juntando os elementos finais para confirmação da autoria, de revelação de motivação”, explicou o delegado.