Por RODRIGO ÍNDIO
O presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), João Lages, confirmou nesta sexta-feira (7), que a investigação da Polícia Federal que cumpriu mandado de busca e apreensão nas dependências do tribunal não envolve a instituição.
De acordo com o desembargador, o servidor alvo da operação é acusado de participação em fraude previdenciária quando trabalhava no INSS. O funcionário está de férias e por isso não foi encontrado pela polícia no órgão judiciário. Ele ingressou por concurso público no Tjap em 2004.
“A Polícia Federal realizou cumprimento de uma diligência, expedida por ordem do doutor Jucélio, juiz federal da 4ª Vara da Seção Judiciaria do Amapá. Tomamos a liberdade para esclarecer à sociedade, a fim de evitar qualquer especulação, comentário maldoso e, acima de tudo, fornecer a todos a verdadeira noticia do que ocorreu”, disse Lages.
Presidente do Tjap conversou com a imprensa sobre o caso. Fotos: Rodrigo Índio/SN
O presidente do Tjap explicou também que o objetivo do cumprimento do mandado era apreender um celular e um computador de uso pessoal do acusado. No tribunal, os agentes chegaram com a informação de que o servidor trabalhava no setor de precatórios, mas a chefe do departamento relatou que ele nunca trabalhou no local mas no setor de protocolo onde as buscas foram feitas.
“Foi uma diligência rápida, quando chegamos já tinham ido embora. Imediatamente, liguei para o superintendente da PF, que nos informou sobre o caso. Não podemos dar detalhes mais profundos, porque é uma investigação da Polícia Federal, mas quero tranquilizar a todos que essa é uma investigação que não incide em nenhum membro do judiciário, nem sobre a instituição”, assegurou o presidente do Tjap.
Servidor trabalha no setor de protocolo do Tjap
João Lages disse ainda que o servidor investigado nunca respondeu a processo administrativo e que tomará internamente as medidas que ao caso requer.
Após ser finalizado o back up de arquivos pessoais no computador apreendido, o aparelho será devolvido ao tribunal.