Motorista de aplicativo que xingou passageira por “corrida barata” é indiciado

O caso ocorreu no mês de dezembro de 2019 em Macapá. A passageira foi ofendida numa conversa de whatsapp.
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Da REDAÇÃO

Atualizado às 16h39

Um motorista de aplicativo que atua em Macapá foi indiciado pela Polícia Civil do Estado depois xingar e ofender uma cliente por causa do valor da corrida – definida pelo próprio software utilizado para negociar o transporte.

O caso ocorreu na capital amapaense no mês de dezembro do ano passado e foi apurado pela equipe da 6ª Delegacia de Polícia, a partir da denúncia da vítima, que materializou a situação com print screen (cópias da tela) de conversa de whatsapp.

O motorista acabou autuado pelo crime de injúria – artigo 140 do Código Penal Brasileiro. A polícia não divulgou o nome do acusado nem da vítima, mas mostrou cópias da conversa que resultou na abertura do inquérito.

Delegado Leandro Leite: “A ofensa proferida pelo motorista do aplicativo foi de forma gratuita”. Foto: Arquivo/SN

O Portal SelesNafes.com conversou com a vítima, uma professora, de 37 anos de idade, que pediu para não ser identificada. Ela contou que caso ocorreu no dia 13 de dezembro de 2019.

Havia ido a uma agência bancária do Centro Comercial de Macapá. Por volta de 13h, acionou o aplicativo, pretendendo ir da Rua Cândido Mendes, no Centro Comercial de Macapá, até a Secretaria Estadual de Educação (Seed), na Avenida FAB. A vítima contou que nem chegou a fazer a corrida.

“Como ele [o motorista] estava demorando a chegar, eu liguei para perguntar o porque da demora, pois  GPS mostrava que ele estava próximo do local. Quando desliguei, chegou as mensagem me ofendendo”, relembrou a professora.

Após a ligação, o motorista passou a mandar mensagens pelo whatsapp. Ele a xinga e reclama do valor, que afirma não ter sido compensatório em detrimento do valor do litro da gasolina na época, que ultrapassava R$ 4. A passageira se demonstra surpresa, inicialmente, com as ofensas. Depois reconhece que é o motorista que lhe enviava a mensagem.

Ela promete procurar a polícia, mas ele não demonstra preocupação: “pode ir”, escreveu. A promessa foi cumprida logo na mesma tarde daquele dia.

“A ofensa proferida pelo motorista do aplicativo foi de forma gratuita, sem que a vítima tivesse feito algo que justificasse essa conduta por parte dele e isso nós não podemos permitir que ocorra”, considerou o delegado Leandro Vieira Leite, responsável pelo inquérito.

Segundo ele, em depoimento, o motorista admitiu o crime. Agora o procedimento policial foi encaminhado à Justiça para que o acusado responda criminalmente.

“Espero que seja feita a justiça e que isso fique de exemplo para que nenhuma mulher ou pessoa seja destratada gratuitamente desta forma, falta mais respeito entre as pessoas”, ponderou a professora.

Foto de capa: Divulgação/Reprodução

Seles Nafes
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