Por OLHO DE BOTO
Um técnico de uma empresa de internet ficou gravemente ferido na queda de um poste da rede de distribuição de energia elétrica da cidade de Santana. O acidente de trabalho acorreu na quarta-feira (12), na Rua Salvador Diniz, no bairro Provedor, em Santana, cidade a 17 km do centro de Macapá.
O trabalhador, de iniciais MBC, de 30 anos, estava a uma altura de 7 metros quando o poste que havia subido com auxílio de uma escada para realizar serviços de manutenção não resistiu e quebrou a poucos centímetros do solo.
Na queda, o técnico encostou na fiação elétrica e sofreu uma descarga elétrica de 13,9 mil volts. Com o choque elétrico e o impacto da queda ele perdeu os movimentos das pernas. Minutos depois foi atendido por uma equipe do Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital de Emergências da cidade.
Um vídeo enviado ao Portal SelesNafes.com mostra o poste em concreto armado, com as ferragens expostas. A cena foi filmada por um morador que relata que o poste já ameaçava cair antes do técnico subir nele. VEJA O VÍDEO:
A técnica em Segurança no Trabalho, Alcemira Magave, que atua há 11 anos no segmento, ressalta que 86% dos acidentes ocorrem pelo excesso de confiança do colaborador. Contudo, o profissional pode adotar medidas preventivas à sua segurança, desde que seja bem orientado.
Ela analisou as imagens do acidente a pedido do Portal SelesNafes.com. Para Magave, se o poste já apresentava fissuras, era um indicativo claro de risco que deveria ter sido levado em consideração pelo trabalhador e sua supervisão ter sido comunicada.
“Analisando às informações a que tive acesso sobre o caso, uma sucessão de fatores levou ao acidente. Toda empresa cobra produtividade, e por conta disso, muitas vezes o colaborador acaba assumindo riscos sem fazer análise desses riscos, como neste caso, porque o poste já apresentava sinais de que poderia cair e isso não foi levado em consideração. É uma situação que tem que ser bem analisada. Todo trabalhador tem direito de recusa, está na NR-1 [Norma Regulamentadora], mas ele tem que exercer esse direito”, avaliou Magave.