Justiça Eleitoral determinou perda imediata do mandato de Zezinho Tupinambá . Foto: Seles Nafes/Arquivo SN
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Por SELES NAFES
Por 6 x 1 votos, o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE) cassou o mandato do deputado estadual Zezinho Tupinambá (PSC), acusado pelo Ministério Público Eleitoral por compra de votos nas eleições de 2018. Os desembargadores determinaram que a decisão seja cumprida imediatamente.
O procurador eleitoral que fez a sustentação durante a sessão de ontem à noite (20) no TRE, por coincidência foi o mesmo que acompanhou a operação da Polícia Federal na véspera da eleição no Conjunto Macapaba, na zona norte de Macapá.
Na mesma ocorrência, duas cabos eleitorais do então candidato foram presas em flagrante e encaminhadas à sede da PF.
“Ao chegarmos lá tinham duas senhoras e fizemos a abordagem. Constatamos que elas portavam cadernos com lista de eleitores, números dos títulos eleitorais e com observações de benefícios. Tinha desde o pagamento de conta de luz, kits de jogos de futebol, cimento, uma variedade de bens oferecidos para obter voto”, comentou na sustentação oral o representante do Ministério Público Eleitoral.
O procurador narrou ainda o depoimento dos investigados, e falou sobre as provas coletadas durante a operação que teriam comprovado o “controle da vontade” do eleitor. Segundo ele, as cabos eleitorais também informaram que compravam votos com troca de favores em outros bairros.
Zezinho Tupinambá também foi acusado de agir diretamente na compra de votos, e de tentar comprar uma testemunha em um dos cinco processos a que respondia na justiça eleitoral.
“Infringiu todas as regras possíveis da eleição”, definiu o representante do MP Eleitoral.
TRE concluiu que deputado trocou favores por votos. Foto: Ascom
O então candidato a deputado federal Pedro da Lua também tinha sido denunciado por compra de votos, mas no julgamento de ontem ele foi inocentado.
“Ele informou que ele e Zezinho estavam realizando uma campanha casada, e de fato não ficou comprovada a participação dele”, comentou o procurador, que deu parecer pela absolvição.
Com a cassação de Tupinambá, quem assumirá o mandato é o suplente da coligação Tony Trio Salvador. Ele é suplente e vocalista de um grupo de música católica.
