Com 11 casos do covid-19, Guiana Francesa será “fechada”

Forças de segurança francesas farão o controle severo do trânsito de pessoas. Só passará quem provar que precisa. Foto: Isaac Silva
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Por SELES NAFES

O presidente da França, Emanuel Macron, determinou o controle severo de todas fronteiras do país para evitar a propagação do covid-19 a partir do meio-dia desta terça-feira (17). Na prática, é o fechamento. Na Guiana Francesa, onde 11 casos da doença estão confirmados, as forças de segurança estão orientadas a aplicar a mesma rigidez. 

A Guiana Francesa e o Brasil fazem fronteira pelas cidades de Saint-Georges e Oiapoque. Hoje, o principal meio de acesso é a ponte binacional, pelo menos para os cidadãos franceses, que não encontram muitas restrições e costumam cruzar livremente para o lado brasileiro.

“A pessoa abordada pela polícia vai ter que provar porque precisa atravessar, mas não é um fechamento total. É um controle mais rigoroso de pessoas”, ponderou ao Portal SN o diretor de relações internacionais da prefeitura, Isaac Silva. 

Pela manhã, contudo, o superintendente de Vigilância em Saúde do Amapá, Dorinaldo Malafaia, já tratava a situação como fechamento da fronteira.

“Eles têm 11 casos, Oiapoque não tem nenhum. Eles estão fazendo a sua quarentena, o que é bom para gente”, avaliou.

Isaac Silva, diretor de relações internacional da prefeitura de Oiapoque: não é um fechamento 100%

Forças armadas 

O governo do Amapá, que havia pedido apoio das Forças Armadas para reforçar ações de vigilância em saúde na fronteira, teve confirmação de que o Exército irá ajudar.

Até agora, o Amapá permanece com seis casos suspeitos e nenhum confirmado. Os exames no Instituto Evandro Chagas, que está sobrecarregado, ainda não ficaram prontos.

“Todos os pacientes estão sendo acompanhados pela SVS e prefeitura de Macapá. Estão medicadas e em quarentena domiciliar”, frisou Malafaia.

Exército dará apoio à Vigilância na fronteira. Foto: Seles Nafes

A SVS se reuniu hoje com representantes da Unifap, que colocaram à disposição do Estado o laboratório da universidade para fazer os exames.

“Precisamos apenas do técnico que já mandamos treinar, e dos kits que o Ministério da Saúde já deveria ter enviado”. O superintendente também vê possibilidade de o Laboratório Central do Estado (Lacen) realizar os exames.

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