Por RODRIGO ÍNDIO
A vida de Carlos Magalhães de Brito, de apenas 7 meses de vida, depende de uma vaga numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo a família, ele corre risco de vida devido um distúrbio associado à pneumonia e a uma infecção que ainda não foi descoberta.
Os pais, Carlos Eduardo e Ana Patrícia, acompanham a criança e não puderam falar pessoalmente com o Portal SelesNafes.com devido a pandemia do novo coronavírus e por não poder sair na unidade hospitalar onde se encontra o bebê.
De acordo com a tia, Josely Calazans, a criança está internada num local inadequado e improvisado na pediatria do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e a qualquer momento pode não resistir. A promessa é de que brevemente a transferência seja feita. Ela detalha sobre o quadro clínico da criança.
“Com sete meses pegou uma gripe. No dia 27 de fevereiro fizeram o raio x e foi atestado com pneumonia, ele foi internado e respirava bem. Mas no hospital pegou uma infecção e desde o dia 9 não conseguia mais respirar. Deu uma crise nele, ele ficou roxo e entubaram. Mas ao invés de o pulmão dele limpar, piorou. A pediatra disse que ele precisa urgentemente de UTI”, explicou.
Ainda segundo a família, existem dois leitos desocupados na pediatria mas que a parte de oxigenação não funciona, o que faz os espaços serem inutilizados. Além disso, faltam medicamentos.
“A enfermeira falou que estava faltando o remédio Midalozam que é um sedativo para a criança dormir. A direção confirmou. É a família que está comprando. Carlos passou por uma pequena cirurgia no pulmão e ao invés de colocar um dreno colocaram uma sonda, porque não tinha dreno. Tudo é a família que está comprando, até exames”, assegurou a tia.
A família quer uma solução.
“Estamos preocupados, a família suplica por um atendimento adequado pro Carlos e a UTI, não só pra ele mas pra todos ali, porque tem criança que o pai não tem condição de comprar remédios ou fazer exames. Se não tem o mínimo para esses doentes vulneráveis imagine para os que pegarem corona. Pedimos medidas”, finalizou Josely Calazans.
A reportagem procurou a Sesa e aguarda posicionamento. A família tem a esperança da criança conseguir um leito ainda hoje.