Contra feminicídio e violência obstétrica, mulheres marcham em Macapá

Programação na capital do AP seguirá até o domingo (8), com atividades no centro da cidade
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Parte das atividades em alusão ao dia 8 de Março, o Dia Internacional das Mulheres, centenas de donas de casa, professoras, estudantes, sindicalistas e ativistas sociais tomaram as ruas do Centro de Macapá na tarde desta sexta-feira (6).

Concentradas desde as 15 horas na Praça Veiga Cabral, elas produziram cartazes com informações e protestos. O feminicídio e a violência obstétrica foram das pautas que tiveram maior atenção.

Manifestantes levaram mensagem…

 

… pelo Centro de Macapá. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

Mandando mensagem às pessoas que duvidam da força do machismo na sociedade, a professora de educação física Alinne Brito, falou.

“É lamentável, não estão acompanhando as estatísticas. Os índices de feminicídios altíssimos, violência domésticas, o Amapá tem um dos maiores índices de violência contra a mulher em todo o país. Nós estamos morrendo, as mulheres seguem exercendo mesmas funções no trabalho e ganhando salários menores, é preciso o que mais para perceberem o machismo?”, questionou.

Alinne Brito: machismo é evidente

Dia histórico

O 8 de março tem raízes históricas nas mulheres operárias do início do século XX. Nos EUA e na Europa, mulheres organizavam marchas e associações para reivindicar melhores condições de salários e de vida e também por lutas de cunho democrático, como o direito ao voto.

De lá até aqui, as ativistas atribuem as conquistas tida pelas mulheres ao movimento feminista.

Mensagens contra o assédio…

 

.. e em memória à Marielle Franco

Outras atividades

A programação irá contar com outras atividades. No dia 8 de março, próximo domingo, o calendário das mulheres irá se unificar com a “Feirinha das Manas”, a partir das 15 horas na Praça Floriano Peixoto, no centro de Macapá.

“É uma programação de mulheres empreendedoras e nos juntamos, teremos a presença da Defensoria Pública, de assistentes sociais e o calendário se estende até o 13, contra o aumento da tarifa de ônibus, ao dia 14, cobrando respostas aos assassinatos de Marielle e Anderson”, declarou Janaína Corrêa, estudante da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

Janaína Corrêa (estudante): programação ampla do Dia da Mulher

A própria Janaína finaliza afirmando que o dia 08 de março é apenas um marco, um marco importante, mas o que mais importa é a união das mulheres o ano inteiro.

“O oito de março representa o ponto auge da luta, mas a gente luta e precisamos da união das mulheres o ano inteiro”, concluiu a estudante.

Seles Nafes
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