Dupla é presa acusada de vender álcool sem eficácia contra o coronavírus

Os kits estavam sendo comercializados no valor de R$ 5 no centro comercial de Macapá.
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Por RODRIGO ÍNDIO

A Polícia Civil prendeu em flagrante dois homens, um de 25 e outro de 38 anos, comercializando Kits contendo máscaras e álcool em gel sem eficácia no combate ao Covid-19, na área comercial, no Centro de Macapá. A prisão foi feita na manhã desta terça-feira (24).

Os kits estavam sendo comercializados no valor de R$ 5. Separadamente, a máscara custava R$ 2 e o álcool em gel R$ 3. O material estava em 3 mochilas com os dois homens, e um outro suspeito que conseguiu fugir.

Com os kits, os acusados chegaram…

… a faturar mais de R$ 200 nesta manhã antes de serem flagrados. Fotos: Rodrigo Índio/SN

De acordo com a delegada Janeci Monteiro, titular da Delegacia do Consumidor (Deccon), além da máscara, a dupla estava vendendo um recipiente de 10 ml como se fosse álcool em gel 70%, recomendado pela Mistério da Saúde no combate ao covid-19. Mas, foi constatado que os produtos sem procedência não tinham qualquer eficácia.

“Foi confessado por eles, e conforme verificado dentro das mochilas que eles portavam, que trata-se de um álcool 46 %. Eles inseriam nesses recipientes e vendiam como se fosse álcool 70 %”, detalhou.

Delegada Janeci: “Não podemos deixar que alguém se aproveite desse momento de crise para ludibriar o consumidor”

Segundo Janeci, a irregularidade é extremamente grave. As duas pessoas, que não tiveram os nomes divulgados pela polícia, foram autuadas em flagrante pelo crime de falsificação de produtos destinados a fins medicinais e terapêuticos. A pena de reclusão vai de 10 a 15 anos.

“Não podemos deixar que alguém se aproveite desse momento de crise para ludibriar o consumidor”, enfatizou a delegada.

Esse é o primeiro caso dessa natureza identificado no Amapá nesta época de pandemia. A dupla também vai responder por induzir o consumidor ao erro por afirmação falsa e enganosa. A pena é de detenção de 2 a 5 anos.

Álcool 46 % era inserido nos recipientes e vendido como se fosse álcool 70 % – o recomendado para prevenir do Covid-19

Além dos crimes, a dupla responderá por descumprir o decreto estadual nº 1415 que proíbe a comercialização desses produtos por 15 dias fora de farmácias e supermercados.

Operação Covid

A prisão foi efetuada por policiais da delegacia do consumidor que estão nas ruas, à paisana e identificados, realizando a operação covid-19, deflagrada na última segunda-feira (23) em conjunto com o Procon e a Vigilância Sanitária.

Acusados podem pegar até 15 anos pela prática, segundo a polícia

A delegada deixou um recado para a população:

“Não comprem produto sem procedência, você está comprovando gato por lebre e às vezes você está pagando por algo que você julga está com preço acessível mas na verdade você está pagando por um produto sem eficácia. Procurem se certificar da proficiência e as pessoas que se aventurarem nessa prática serão presas”, finalizou.

Foto de capa: Divulgação/SN

Seles Nafes
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