Fake news: assessores travam guerra de comunicação na crise do coronavírus

Setores de comunicação do governo e a da prefeitura de Macapá têm se mobilizado para desmentir postagens, o que leva tempo
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Por SELES NAFES

Os setores de comunicação do governo do Estado e da prefeitura de Macapá estão travando uma guerra particular no meio da crise do coronavírus. O alvo são as fake news, informações falsas que tentam criar pânico, insegurança e até instabilidade política.

Ontem (27), um post supostamente publicado no perfil do Twitter de um jornalista, “informava” que o comércio de Macapá estava liberado pelas autoridades para abrir as portas.

De fato, há uma pressão de setores do comércio que reivindicam o fim da quarentena, mas é falsa a notícia de que a prefeitura tenha liberado o funcionamento das lojas após uma reunião com o prefeito Clécio Luís (Rede).

A Secretaria de Comunicação da prefeitura acessou o perfil do jornalista, mas a falsa notícia não foi encontrada.

“Além da guerra contra o coronavírus, estamos numa guerra contra a fake news. Isso é muito grave. As pessoas estão usando um momento como esse. É um crime”, resumiu a secretária de comunicação da prefeitura, Ilziane Launé.

No governo do Estado, comitê foi criado para atuar em duas frentes

Inteligência da polícia

No governo do Estado, a mobilização contra as fanews ocorre em duas frentes distintas. Uma é de comunicação, onde assessores precisam parar o que estão fazendo para se dedicar aos desmentidos.

“Toma muito tempo em nível técnico, porque temos que retirar assessores de outras frentes para desmentir as fake news. Temos que fazer levantamentos de documentos, por exemplos, para comprovar a verdade”, explicou a secretária adjunta de comunicação, Ariele Martins.

Ariele comanda um comitê especialmente criado para neutralizar as fake news.

A segunda frente envolve a inteligência da Polícia Civil, que está identificando os responsáveis pelas postagens para levá-los à justiça.   

Um dos casos recentes de fake news combatida pelo comitê foi gerado por uma fan page do Facebook que se intitula de jornalismo amapaense. O responsável pela fan page sustentou que a uma criança estava internada no Pronto Atendimento Infantil (PAI) com o covid-19.

Um vídeo com a mãe da criança fazendo essa afirmação, apesar de diagnóstico contrário, causou tumulto dentro do hospital, e precisou da intervenção da Secretaria de Saúde para posicionar a verdade.

O mesmo ocorreu com um sargento da Polícia Militar que está internado em estado grave. Postagens afirmavam que ele estava contaminado pelo covid-19, mas o exame deu negativo. Ele continua em coma.

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