“Fera”, o novo morador do Bioparque

Animal come 5 kg de proteína por dia, carne bovina, frango e peixe. Macho poderá ser observado pelos visitantes do parque, em Macapá, à partir desta sexta-feira (6).
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

O Bioparque da Amazônia, em Macapá, tem agora um novo e ilustre morador. É o “Fera”, uma onça pintada macho que poderá ser observado pelos visitantes do parque à partir desta sexta-feira (6).

Da espécie Pantera onça, o animal tem quase cinco anos de idade. No dia 19, dia da sua chegada, estava pesando 49 kg, mas agora aparenta já ter ganhado peso. Antes, ele estava no Centro de Triagens de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, onde chegou ainda filhote. Pelo que se sabe, ela foi levada ao Cetas após terem matado a sua mãe.

O felino está em fase de adaptação, conhecendo a nova casa. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

O felino está em fase de adaptação. Conhecendo a nova casa, demorou alguns dias para se acostumar com a textura da areia, que é parte componente da sua grande jaula, mas agora está menos agitado e se acostumando.

Aos cinco anos, a onça está saindo da adolescência, é considerada um animal jovem, que, em cativeiro, tem a expectativa de vida de aproximadamente 20 anos. Come 5 kg de proteína por dia, carne bovina, frango e peixe.

Aos cinco anos, a onça está saindo da adolescência

Sobre a possibilidade de reinserção do animal na natureza, a bióloga Cleice Gomes, esclarece:

“Não tem mais como ela ser reintroduzida no meio natural por conta da avaliação veterinária sobre o problema de visão e por ela ter crescido, desde bebezinha, em cativeiro. A trouxemos, também, porque no Cetas ela estava em um ambiente menor e não tinha nenhuma ambientação”, esclareceu a bióloga.

Bióloga Cleice Gomes: “Animal foi transferido para ambiente maior”.

Sobre a visão do animal, a veterinária Marina Bezerra Macedo disse que a onça “enxerga algumas coisas”.

“A gente sabe que ela vê ‘vultos’, porque acompanha a gente por onde a gente vai. Mas ainda faremos mais exames específicos para estimar qual o percentual de visão que ela tem. O que é certo é que ela tem baixa visão, enxerga algumas coisas. Não tivemos acesso aos exames antigos dela, vamos fazer tudo de novo, dando remédios para verme e outras coisas, mas a saúde está boa”, contou Marina Bezerra Macedo.

Veterinária Marina Bezerra Macedo disse que o Fera se apresenta clinicamente sadio.

Tratador

O experiente tratador de animais e de felinos, Rosivaldo Barreto, ficou contente demais com a chegada da onça ao bioparque. Funcionário desde à época do Parque Zoobotânico (que deu lugar ao Bioparque), relembrou-se da suçuarana, a onça parda, e da onça preta, que ele chamava de pantera, além do gato maracajá, animais que moravam no local.

Ele já o toca na cabeça do Fera através das grades. Diz não ter medo, mas é muito cauteloso e tem experiência. Barreto diz que o animal sabe que ele só quer cuidar, dar a comida e reparar.

Rosivaldo Barreto: “Tem que vir, o animal é lindo”

O tratador também chamou toda a população para ver a onça pintada, mas com cuidado e respeito ao bicho.

“Tem que vir, o animal é lindo. Não pode é jogar comida, gritar, tentar cutucar, nada que faça o animal se estressar”, aconselhou o tratador.

Seles Nafes
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