Naufrágio: suspeito de vender combustível clandestino para navio é preso no Pará

Segundo a imprensa paraense, o barco do acusado foi visto por vítimas atracado ao lado do Anna Karoline III antes da embarcação afundar.
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Da REDAÇÃO

Um homem suspeito de vender combustível irregular para o navio Anna Karoline III, que naufragou no sul do Amapá, no último sábado (29), foi preso pela polícia paraense na tarde desta terça-feira (3).

De acordo com o Portal O Liberal, de Belém (PA), Manoel do Carmo dos Reis, o “Tá Legal”, que foi capturado pelo Grupamento Fluvial (GFLu) da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do Pará, teria confessado a venda de combustível clandestino para a embarcação, mas “em ocasiões anteriores ao acidente”.

Os policiais chegaram até o comerciante através de informações de alguns dos 49 sobreviventes da tragédia. Eles relataram ter visto a embarcação ‘Albatroz’ atracada à embarcação naufragada – ação que apesar de configurar transbordo ilegal de combustível, é comum nos rios da Amazônia.

Manoel Reis foi preso em sua residência na localidade de Santa Maria, distrito do município de Gurupá (PA), que fica na margem oposta do rio Jari, onde ocorreu o naufrágio. Na propriedade, o GFlu também encontrou a embarcação que teria usada para fornecer o combustível irregular.

Conforme a reportagem de O Liberal, no porão do Albatroz foram encontrados 600 litros de diesel e uma motobomba usada para abastecimento.

A polícia informou à reportagem de O Liberal ainda que, em depoimento, Manoel Reis contou que não chegou a fornecer o combustível ao Anna Karoline III porque quando chegou ao local o acidente havia acabado de ocorrer. Ele relatou que chegou a socorrer vítimas.

O combustível apreendido não tem nota fiscal porque foi desviado de embarcações que navegam pela região.

O navio Anna Karoline III naufragou no Rio Jari, no sul do Amapá, na madrugada do último sábado (29). A embarcação havia partido de Santana, município a 17 km da capital amapaense, Macapá, com destino a cidade Santarém, no oeste do Pará. A tragédia ocorreu cerca de 10 horas depois do navio zarpar.

A tragédia fluvial já contabiliza, oficialmente, 22 mortos e 13 desaparecidos, além de 49 sobreviventes. Os números aumentam a cada boletim da força-tarefa formada entre os Estados do Amapá e do Pará para fazer buscar e gerenciar a crise.

Seles Nafes
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