Representantes da Marinha no Amapá apresentaram nesta terça-feira (10), em audiência no Senado Federal, em Brasília, detalhes sobre o trabalho de resgate dos corpos das vítimas fatais do naufrágio do barco Anna Karoline III. Os militares falaram também sobre o plano desenvolvido para içar a embarcação do fundo do Rio Jari, local da tragédia.
O encontro foi promovido pelo senador Randolfe Rodrigues (REDE), que teve como convidados o capitão dos portos do Amapá, Comandante Carlos Augusto, e o capitão dos portos da Amazônia Oriental, comandante Manoel Pinho.
Os militares relataram aos senadores que já receberam e avaliaram o plano de reflutuação do navio e que algumas pendências foram apontadas. A empresa responsável pela operação se comprometeu a ainda hoje resolver as questões, de ordem técnicas.
Entre as preocupações relatadas, está sobre o maquinário que puxará o navio e a preservação dos tanques para evitar possíveis vazamentos de óleo.
“A declaração dos representantes de que a Marinha do Brasil não deixará ninguém para trás e que a missão só acabará quando houver o resgate de todos os desparecidos é um alento aos familiares das vítimas ainda desaparecidas”, avaliou positivamente o senador Randolfe sobre o encontro.
Os representantes da Marinha declararam ainda que todas as hipóteses para o naufrágio estão sendo investigadas e consideradas, como maus tempo, excesso de carga e problema na transferência de combustíveis.
O senador expôs, por fim, as medidas legislativas tomadas para coibir novos naufrágios: um projeto de lei que torna obrigatória a lista de passageiros em todas as embarcações e o outro que aumenta em até três vezes a pena para os crimes de homicídios, culposos ou dolosos, decorridos do transporte de pessoas.
Rodrigues lembrou ainda sobre a emenda de R$ 12 milhões destinadas para a construção e inauguração do novo terminal hidroviário de Santana.