Os números colossais da operação para trazer à tona o Ana Karoline III

São dois guindastes, coitas (chumbo) para estabilizar a balsa, peso em lama, combustível e da própria embarcação
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Por SELES NAFES

Ao contrário da última estimativa, devem chegar somente na noite de quarta-feira (18) os dois guindastes contratados pelo governo do Amapá para retirar do fundo do Rio Jari o navio Anna Karoline III, que naufragou no último dia 29 de fevereiro.

A balsa trazendo os guindastes partiu ontem (16) de um porto de Belém para uma viagem de quase 3 dias até o local exato naufrágio. 

“A operação é muito complexa. Até câmeras hiperbáricas serão usadas pelos mergulhadores que farão as amarrações do navio”, explica o secretário de Segurança Pública do Amapá, coronel Carlos Souza.

O secretário acredita que se a balsa chegar na quarta-feira à noite, como previsto pela empresa, o trabalho de amarração começará na quinta.

O navio está a 12 metros de profundidade e a 400 metros da margem do rio. Além disso, a Marinha afirma que a embarcação está tombada no fundo do rio. Ainda não é possível prever quanto dias vai durar a operação de reflutuação.

Peso

Quando o assunto é peso, a empresa dona dos guindastes terá que lidar com números grandiosos.

Só em lama e terra, calcula-se que sejam 30 toneladas. Abaixo do convés principal, os técnicos calcularam mais de 519 toneladas. Acima do convés, são mais 419 toneladas.

Cada guindaste tem capacidade para mais de 200 toneladas, e para estabilizar a balsa onde eles irão operar serão usadas quatro coitas, que são pesos de chumbo de 15 toneladas cada para fixar a balsa.

A empresa possui sua própria equipe de mergulho. Toda essa operação vai custar R$ 2,5 milhões para o governo do Estado, que já anunciou que irá cobra judicialmente a empresa dona do navio. 

Carlos Souza, secretário de segurança do Amapá: operação começa na quinta. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

Guindaste e a balsa que dará apoio

Correntes colossais que serão usadas na amarração do navio

Corpos

Desde o dia 11 de março não foram mais resgatados corpos da tragédia, mantendo em 34 o número oficial de mortos. Parentes afirmam que há mais vítimas dentro da embarcação, e por isso permanecem no local do acidente acompanhando as buscas que entraram nesta terça no 18º dia.

Mergulhadores dos estados do Amazonas, Pará e Amapá estão na região há duas semanas.

Ontem à noite, a Marinha voltou a afirmar que recebeu também o Plano de Reboque, que consiste na condução do Anna Karoline III até a cidade de Santarém (PA).

Cada coita tem 15 toneladas

Seles Nafes
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