Por OLHO DE BOTO
A Polícia Militar do Amapá desmobilizou um ato público marcado para a tarde deste sábado (28) que prega o fim do isolamento social como meio de prevenir o coronavírus. O veículo de um manifestante foi apreendido.
As manifestações começaram ontem (27) com uma carreata no centro comercial de Macapá, e são contra o decreto do governo do Estado que suspendeu atividades comerciais, culturais, religiosas e esportivas no Amapá, a exemplo da maioria dos estados.
O ato “Volta ao Normal” tinha concentração marcada para o Parque do Forte, mas a Polícia Militar bloqueou as rotas de acesso impedindo que os veículos chegassem ao local da manifestação.
“Fizemos o isolamento do Parque do Forte e mantivemos o policiamento no local. Como não foi possível eles (veículos) chegarem, remarcaram para a Praça da Bandeira onde também estávamos com policiais que orientaram os motoristas a ir embora”, explicou o comandante da Polícia Militar do Amapá, coronel Paulo Matias.
Um veículo que estava caracterizado para a manifestação foi apreendido por estar há dois anos sem licenciamento. O carro foi levado para o pátio do Departamento de Trânsito (Detran).
Mais cedo, o Ministério Público do Estado tinha expedido uma recomendação para que a PM tomasse todas as medidas necessárias para o cumprimento do decreto, incluindo a identificação de pessoas em aglomeração para serem processadas criminalmente, e a apreensão de veículos.
O comandante da PM lembrou que a polícia está nas ruas desde o último fim de semana pedindo para as pessoas atenderem as recomendações de isolamento.
As autoridades epidemiológicas afirmam que haverá um pico de circulação do vírus até a semana que vem, e que se as pessoas estiverem circulando normalmente haverá uma série de casos. Hoje foi confirmado o 4º paciente com a doença, o segundo em menos de 24h.
“Ia ter o contágio muito grande dessas pessoas, e é isso que a gente não quer. É uma guerra mundial contra esse vírus, que já abalou a economia e está matando no mundo todo e no Brasil não é diferente”.
Matias disse que todas as forças de segurança vão continuar vigilantes para impedir aglomerações de pessoas.
Inicialmente, o decreto que entrou em vigor no último dia 20 perde a validade no dia 4 de abril. O governo do Estado ainda não sinalizou se haverá prorrogação das medidas.