Professora tinha 10 parentes em naufrágio no Amapá

Dulcineia Barbosa da Luz e outros familiares das vítimas do naufrágio do navio Anna Karoline III promoveram uma manifestação na Praça da Bandeira, em Macapá, para cobrar celeridade do Governo do Amapá.
Compartilhamentos

Por RODRIGO ÍNDIO

A professora Dulcineia Barbosa da Luz, de 42 anos, não dorme e sequer trabalha desde o dia naufrágio do navio Ana Karoline lll, ocorrido no último sábado (29), no sul do Amapá. Ela têm 10 familiares envolvidos na tragédia que viajavam num grupo de 18 pessoas para um aniversário em Almeirim (PA).

Deste grupo, 4 estão vivos, 11 foram confirmados como mortos, e três a família acredita que estejam dentro da embarcação. A professora e demais familiares estiveram na manhã desta quarta-feira (4) na Praça da Bandeira, no Centro de Macapá, no ato que cobrou providências por parte do Governo do Amapá e Marinha Brasil para retirar a embarcação do fundo do rio Jari.

Familiares de vítimas do naufrágio fizeram ato na Praça da Bandeira. Foto: Rodrigo Índio/SN

Segundo Dulcineia, outros parentes de vítimas com mais condições se disponibilizaram a conseguir guindastes, balsas e equipamentos para retirar o navio do fundo. Mas, a Capitania não conta com um engenheiro naval no Amapá e, por isto, não autoriza a ação, segundo Dulcinea.

“É um absurdo a Marinha não dispor deste profissional ou não mandar buscar outro Estado, são pessoas que estão lá, não um lixo. Só queremos fazer um enterro digno para nossos entes queridos, mas a Capitania nos nega esse direito. É lamentável”, comentou.

Os familiares também questionam o apoio do Governo do Amapá. Dizem que o Grupo Tático Aéreo (GTA) fez sobrevoo no local apenas no primeiro dia da tragédia e que há poucos militares do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá trabalhando nas buscas.

Parentes das vítimas que participavam da manifestação seguiram para o Palácio do Setentrião, sede central do Poder Executivo do Amapá…

… Elas foram recebidas pelo governador Waldez Góes e coordenadores das ações de resgate

Por volta de 10h da manhã as pessoas que participavam da manifestação seguiram para o Palácio do Setentrião, sede central do Poder Executivo do Amapá. Elas foram recebidas pelo governador Waldez Góes e coordenadores das ações de resgate. A imprensa não foi autorizada a participar da conversa.

Uma coletiva de imprensa foi marcada no Sebrae às 11h, mas como o governador atendia as famílias houve atraso no evento, que teve início as 12h e até 14h ainda ocorria.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!